Olhar Direto

Sexta-feira, 03 de maio de 2024

Notícias | Meio Ambiente

na América Latina

Greenpeace denuncia abusos de empresas espanholas

"As principais empresas espanholas não são transparentes e vendem à opinião pública espanhola uma imagem que não corresponde à realidade sobre sua gestão na América Latina", afirmou Mabel González, chefe da campanha de conflitos e meio ambiente do Greenpeace. No relatório apresentado, a ONG ecológica apresenta 43 casos de empresas espanholas que produzem um impacto negativo ao operar na América Latina.

Muitas multinacionais espanholas que operam na América Latina cometem "abusos trabalhistas", "degradam o meio ambiente" ou "violam os direitos humanos" nessa região, denunciou nesta quinta-feira (1) a ONG Greenpeace ao apresentar em Madri o informe "Os novos conquistadores".


"As principais empresas espanholas não são transparentes e vendem à opinião pública espanhola uma imagem que não corresponde à realidade sobre sua gestão na América Latina", afirmou Mabel González, chefe da campanha de conflitos e meio ambiente do Greenpeace.

No relatório apresentado, a ONG ecológica apresenta 43 casos de empresas espanholas que produzem um impacto negativo ao operar na América Latina.

Estão citadas as cinco represas que a Endesa quer construir na Patagônia chilena, as cinco centrais de carvão que a Unión Fenosa, a Iberdrola e a Endesa querem instalar na Guatemala e os despejos da petroleira Repsol no Parque Nacional Yasuní do Equador.

As companhias espanholas adotam um duplo comportamento na Espanha e na América Latina, algo inaceitável, segundo o Greenpeace, por "enganar" a opinião espanhola.

Outros exemplos dados pela ONG são os hoteis erguidos por grandes cadeias em zonas de manguezal no Estado mexicano de Quintana Roo (sudeste) e a exploração desmedida de recursos pesqueiros de Pescanova, no Chile.

"As multinacionais espanholas não são uma exceção em termos de abusos sociais e de meio ambiente: as empresas norte-americanas certamente não são melhores e as locais tampouco", segundo Mario Rodríguez, diretor de campanhas do Greenpeace.

As empresas espanholas chegaram em massa à América Latina no final dos anos de 1980 e ao longo da década de 1990 durante os processos de privatização de vários países.

Elas se instalaram em setores estratégicos como energia, turismo e pesca, onde hoje ocupam os primeiros postos, quando não lideram, o que, segundo o Greenpeace, as caracteriza como "novos colonizadores".
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet