Um ataque atribuído a rebeldes maoístas deixou 16 mortos, incluindo cinco crianças, em uma aldeia do Estado indiano de Bihar, informou nesta sexta-feira um oficial da polícia.

Os rebeldes maoístas dizem lutar pelos agricultores sem-terra e fazendeiros pobres que não seriam protegidos pelo governo. Eles atacam principalmente policiais e funcionários do governo, aos quais acusam de conluio com os senhores de terras e fazendeiros ricos para explorar os pobres.

"As vítimas dormiam na madrugada de quinta-feira quando mais de 50 maoístas armados atacaram a aldeia e os mataram", disse o chefe adjunto da polícia local, Ajay Pandey, citado pela agência France Presse.

O ataque ocorreu na localidade do distrito de Khagaria, a 200 km a norte de Patna, a capital do Estado de Bihar.

Ao menos 15 dos 29 Estados da Índia, em um corredor que vai de leste a sudeste do continente, enfrentam desde 1967 grupos de rebeldes maoístas. No total, 165 dos 600 departamentos do país estariam, em diversos graus, sob a influência dos 10 mil a 20 mil guerrilheiros de extrema esquerda, que os indianos chamam de "terroristas vermelhos".

As forças de segurança cercaram as vilas e florestas da região ao redor da vila atacada em busca dos responsáveis pelo ataque, disse Neelmani, diretor-geral da polícia de Amosi Bharen.]

Segundo Neelmani, os rebeldes queria expulsar os moradores locais e tomar controle das terras.

Segundo o primeiro-ministro Manmohan Singh, a violência maoísta é a maior ameaça à segurança doméstica. Mais de 2.000 pessoas, incluindo policiais, militantes e civis, morreram na violência insurgente nos últimos anos.