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Sábado, 27 de abril de 2024

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Sob pressão, Casa Branca minimiza questão do prazo para fechar Guantánamo

O assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, James Jones, minimizou neste domingo a importância do governo do presidente Barack Obama cumprir o prazo anunciado para o fechamento da prisão de Guantánamo, em janeiro de 2010. A declaração vem em meio a grande expectativa pelo fechamento da prisão para suspeitos de terrorismo em Cuba, que se tornou um símbolo do desrespeito dos Estados Unidos aos direitos humanos, diante dos obstáculos legais.


"Estamos trabalhando muito para isto e não apenas internacionalmente, mas nacionalmente", declarou Jones ao canal CNN. "Ainda tenho esperanças de que seremos capazes de cumprir o prazo. Mas o importante é que o presidente se comprometeu a fechar a prisão".

Durante a campanha eleitoral de 2008, o então senador Obama prometeu que atuaria para fechar a prisão, criticada por grupos de direitos humanos e países aliados de Washington. Na primeira semana após sua posse como presidente dos EUA, Obama assinou um decreto que fixou para janeiro de 2010 o fechamento da prisão. Na ocasião, disse que o país não deveria "continuar com um dilema falso entre a segurança e nossos ideais".

Recentemente, contudo, veículos de imprensa americanos questionaram a capacidade de Washington cumprir a promessa.

Um dos problemas legais citados para o fechamento da prisão de Guantánamo é o fato de que alguns dos detidos podem ser terroristas perigosos e outros podem ter sido delatados ou entregues simplesmente por vinganças pessoais ou em troca de recompensas.

Os processos dos suspeitos são outra complicação, já que muitos deles foram torturados durante seus interrogatórios, segundo grupos de direitos humanos. Assim, suas declarações e testemunhos não teriam validade em um tribunal dos Estados Unidos.

Em janeiro de 2002, o Governo do presidente George W. Bush começou a prender supostos terroristas na base de Guantánamo, considerado um buraco negro legal pelas organizações de direitos humanos --já que os prisioneiros não se encaixam na Convenção de Genebra sobre prisioneiros de guerra e nem na Constituição americana, já que estão em território cubano.

Desde então, centenas de homens, capturados em diferentes partes do mundo, permaneceram sem julgamento, sem acusações e sem um processo legal para sua condenação ou libertação.

Guantánamo chegou a ter mais de 700 detentos. Mais de 500 deles foram transferidos para outros países.
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