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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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PDT sinaliza apoio à candidatura de Dilma mas exige contrapartidas

Sem bater o martelo em favor da aliança nacional com o PT em 2010, a cúpula do PDT sinalizou ontem durante jantar com a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) que vai apoiar a sua candidatura ao Palácio do Planalto. Na conversa com a ministra, dirigentes do PDT foram praticamente unânimes em afirmar que o partido vai embarcar na candidatura da ministra, mesmo com pendências regionais a serem superadas pela legenda nos Estados.


Integrantes do PDT que participaram do jantar afirmaram que o partido vai formalizar a aliança com Dilma, mas não tem pressa para fazer o anúncio. Antes de sacramentar a união PDT-PT, os pedetistas vão exigir contrapartidas ao apoio --como a análise das alianças regionais e plataformas do partido que podem ser contempladas no programa de governo da ministra.

"Não se fecha aliança antes de serem resolvidas questões regionais, participação de outros partidos na aliança e bandeiras da legenda, como educação em tempo integral no plano de governo. Não fechamos aliança, mas fica o caminho aberto para isso acontecer no futuro", disse o senador Osmar Dias (PDT-PR).

O senador Cristovam Buarque (PDT-DF), partidário da candidatura própria do PDT à Presidência, foi um dos únicos membros do comando do partido que não participou do jantar com Dilma. Cristovam disse que não estava disposto a ver a legenda sacramentar o acordo com a petista, uma vez que é voz isolada no PDT pela candidatura própria.

"Eu defendo a candidatura própria e esse não era o lugar para eu defendê-la. Eu não queria concordar com o apoio imediato da candidatura Dilma, mas houve praticamente unanimidade nesse sentido", disse Cristovam.

O senador afirmou que o ministro Carlos Lupi (Trabalho), em conversa por telefone nesta quarta-feira, disse que não há dúvidas dentro do PDT sobre o apoio a Dilma. Um dos motivos é que a ministra militou por quase 20 anos no PDT antes de filiar-se ao PT --o que a aproxima ainda mais dos pedetistas.

"Estamos muito mais próximos do PDT do que o PV, que tem candidata própria [Marina Silva], e o PSB, que tem um nome lançado na disputa [deputado Ciro Gomes-CE], mas não definido", afirmou Cristovam.

O senador, disposto a se lançar à Presidência da República pelo PDT, disse que vai insistir na tese de candidatura própria perante a legenda --mas reconhece que será difícil tirá-la do papel. "Eu aceitaria, é o que mais me entusiasma hoje. O ministro Lupi disse que não é impossível ter candidato próprio, mas não é provável", disse.

Ciro


Integrantes do PDT praticamente descartaram uma eventual chapa com o PSB de Ciro Gomes, pré-candidato à Presidência da República. O nome de Lupi chegou a ser lançado publicamente na composição com Ciro, mas os pedetistas acreditam que o parlamentar vai acabar lançando o seu nome ao governo de São Paulo para evitar prejuízos à candidatura de Dilma no primeiro turno.

A expectativa dentro do PDT é que, ao contrário do PMDB, o partido demore a anunciar a formalização da aliança com Dilma. Os peemedebistas pretendem anunciar a aliança até novembro, enquanto o PDT quer postergar o anúncio para o final deste ano ou início de 2010.
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