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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

Notícias | Meio Ambiente

Países em reunião da ONU pedem prêmio por desmatamento

A extração de madeira e a conversão de florestas nativas em florestas plantadas poderá contar créditos como atividade de "redução de emissões por desmatamento", caso prevaleça um texto negociado em Bancoc sobre atividades florestais e clima --o chamado Redd.


O Redd foi provavelmente o tópico de negociação que mais avançou na reunião das Nações Unidas sobre mudança climática que acaba nesta sexta-feira (9) na Tailândia. O texto prevê que os países zerem o desmatamento tropical em 2030, reduzindo a perda de florestas em 50% até 2020.

O documento, porém, deixa em aberto a possibilidade do chamado "manejo florestal sustentável" como atividade de Redd. Ou seja, caso venha a ser aprovada a participação do Redd no mercado de carbono, madeireiros poderão não só se beneficiar do corte de árvores como também vender créditos pela área que eles deixaram de desmatar. O Greenpeace chama o manejo florestal de "madeireiro escondido no Redd".

Uma versão alternativa, defendida pelo Brasil e pela Coalizão das Nações com Florestas Tropicais (que reúne 40 países), é o "manejo sustentável de florestas", que promove unidades de conservação e atividades de comunidades tradicionais.

A delegação brasileira em Bancoc também ficou irritada com a retirada do texto de negociação do Redd de uma frase que garantia a conservação de florestas nativas. Isso, em tese, torna possível ganhar dinheiro fazendo corte raso numa floresta primária na Amazônia ou na África, por exemplo, e plantando eucalipto ou pinus no lugar (já que as florestas plantadas, ao crescerem, retiram carbono da atmosfera).
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