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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

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Polícia Federal amplia as suas investigações sobre o Enem

Após dar o caso como "100% esclarecido", com o indiciamento de cinco suspeitos, a Polícia Federal decidiu ampliar as investigações sobre o vazamento da prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), que forçou o adiamento do exame --do final de semana passado para o início de dezembro.


Agora, o foco da PF é descobrir se alguém comprou as provas furtadas da gráfica Plural, responsável pela impressão.

Das pessoas indiciadas, três eram contratadas pelo Connasel (consórcio responsável pela prova) para atuar na gráfica.

Ontem, dois delegados interrogaram o diretor de comunicação do cursinho pré-vestibular CPV, Alexandre Chumer, que revelou à Folha que uma pessoa ofereceu, no último dia 28, o exame furtado para a editora do grupo.

De acordo com ele, nenhum representante do CPV comprou a prova porque o cursinho não tem interesse em fraudar exames.

No depoimento, Chumer declarou aos delegados que teve a impressão de que a prova também fora oferecida para outras escolas. Diante dessa informação, a PF deve convocar na próxima semana outras pessoas para depor.

Até agora, foram indiciados Felipe Pradella, 32, apontado como mentor do vazamento, Marcelo Sena, 20, e Felipe Ribeiro, 21, acusados de ajudá-lo a retirar as provas do Enem de dentro da gráfica Plural, o publicitário e dono de pizzaria Luciano Rodrigues, 39, e o DJ Gregory Camillo de Oliveira Craid, 26, acusados de intermediar o contato entre Pradella e a imprensa para negociar a prova do Enem.

O grupo tentou vendê-la a pelo menos três veículos de comunicação ("O Estado de S. Paulo", Folha e Rede Record).

Motivação política

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou ontem que o governo considera a hipótese de o furto das provas do Enem ter tido motivação política.

"Antigamente se levava para vender aos cursinhos [e não para a imprensa]. Eu não sei se tinha alguém que se sentia prejudicado pelo Enem e resolveu fazer com que o Enem não desse certo neste ano", afirmou Lula.

Nas conclusões do inquérito da PF, o furto das provas não teve motivação política.

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