A mulher do deposto presidente de Honduras Manuel Zelaya, Xiomara Castro, denunciou um aumento da pressão militar exercida pelo governo de fato de Roberto Micheletti contra a embaixada do Brasil, onde seu marido está refugiado.
"Com a saída da missão de chanceleres da OEA quinta-feira, eles aumentaram a repressão, não deixam entrar roupa, revistam a comida minuciosamente, atuam para atemorizar", disse, referindo-se ao cerco militar e policial em torno da sede diplomática.
Castro, que acompanha Zelaya na embaixada junto a 50 pessoas -familiares, colaboradores e jornalistas,- reiterou a denúncia de seu esposo sobre um aumento da "hostilidade" com a instalação de rampas de onde francoatiradores apontam contra o prédio.
"É uma forma de repressão psicológica. Eles têm um elevador mecânico, vêem tudo o que tem na embaixada. Vimos francoatiradores. Eles tentam nos amedrontar, nos atemorizar. Há 105 dias, vemos todos tipo de repressão, é parte da rotina, mas logicamente sempre temos medo", comentou Xiomara Castro.