Olhar Direto

Segunda-feira, 06 de maio de 2024

Notícias | Mundo

Abbas explica razões de adiamento de debate sobre relatório Goldstone

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, explicou hoje as razões que levaram ao adiamento no Conselho de Direitos Humanos da ONU (CDH) do debate sobre o relatório Goldstone, sobre a ofensiva israelense em Gaza no início do ano, causa de duras críticas a sua gestão.




Abbas também afirmou que se uma comissão investigadora das circunstâncias do atraso determinarem que a decisão foi equivocada, está determinado a assumir seu erro.



No dia 2 de outubro, o CDH decidiu adiar para sua sessão de março a discussão sobre a resolução do relatório, a pedido de vários copatrocinadores da iniciativa.



As conclusões do documento, elaborado pelo juiz sul-africano Richard Goldstone sobre o enfretamento entre Israel e o movimento radical islâmico Hamas entre dezembro de 2009 e janeiro deste ano em Gaza, aponta para graves crimes de guerra contra a população civil e recomenda à ONU que obrigue as partes a abrirem investigações e que punam os responsáveis.



O adiamento da discussão sobre a resolução, promovida por vários países, causou um grave dano político a Abbas e à ANP, e duras críticas por parte da sociedade civil, que foram aproveitadas pelo Hamas para atingir os nacionalistas do Fatah.



Depois de Abbas ter afirmado hoje que não pretendia entrar em detalhes sobre as razões que levaram ao adiamento do debate, o presidente palestino lembrou que a ANP foi a responsável por exigir a abertura de uma comissão para investigar a ofensiva em Gaza.



"Lutamos no Conselho de Segurança há meses para que a agressão contra nosso povo em Gaza cessasse. Fomos os primeiros a nos unir ao CDH e a pressionar para que uma comissão fosse criada", disse Abbas.



O líder palestino negou ter apoiado a decisão de adiar a votação para março devido a pressões, e se defendeu dizendo que a ANP "apoiou a resolução do relatório Goldstone", ao contrário do Hamas.



Abbas assegurou que manteve contatos de alto nível para conseguir o maior apoio possível a uma resolução pactuada e que contasse com o peso de países árabes, muçulmanos e não-alinhados.



"Pedimos algumas regras porque pensamos que qualquer reserva debilitaria nossa minuta de resolução", disse.



Abbas expressou ainda seu desejo de conseguir a punição dos autores dos crimes em Gaza, "para proteger melhor nosso povo", e disse que sua intenção foi de evitar que "o projeto de resolução fosse um simples número como outras resoluções relativas ao Estado palestino que não foram implementadas"
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 
xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet