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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

Notícias | Educação

Escola Estadual Dom Bosco reduz evasão escolar em 41%

Colocando em prática um projeto de Combate a Evasão Escolar – “Escola, Comunidade e Desenvolvimento Humano, Superando a Evasão Escolar” -, a Escola Estadual Dom Bosco, em Lucas do Rio Verde, reduziu em 41% o abandono de estudantes no período noturno. A proposta consistiu em envolver a sociedade luverdense e a comunidade escolar no esforço para fazer da educação um compromisso social.


As práticas começam a mostrar resultados significativos após a premiação do projeto pela Fundação Unibanco, com apoio da Secretaria de Estado de Educação (Seduc). Com R$ 50 mil do prêmio e o investimento num profissional para gerenciar o projeto, a escola deu andamento ao combate à evasão, inicialmente em 56% nas salas do 1º ano do Ensino Médio noturno, hoje em torno de 15%.

A mobilização reuniu Prefeitura, Câmara Municipal, Associação dos Comerciantes e Empresários Municipais, Ministério Público, Conselho Tutelar. Para o presidente da Câmara Municipal, Márcio Albieri, professor licenciado da escola, as ações promoverão uma reação em toda a comunidade, com reflexos positivos para o município.

A Câmara, com apoio da Associação Comercial, criou o “selo cidadão”. Ele será impresso no produto das empresas que acompanharem o desempenho dos trabalhadores que estudam. “Eles devem acompanhar as notas, liberar o funcionário no horário de aula e verificar a presença na escola”, destaca Albieri.

Para o coordenador do período noturno da Escola Dom Bosco, Marcos Pissutti, o sucesso se deve à ação coletiva. Além da parceria com as empresas, a escola, com apoio da Seduc, contratou uma professora - Kátia Brandão - para coordenar especificamente o Projeto. Ela fica responsável pelas oficinas de uma hora, nas áreas de Língua Portuguesa e Matemática para os estudantes com defasagem, coordena os monitores (estudantes de outros períodos com boas notas) e as demais ações pedagógicas do projeto.

A etapa de monitoramento está melhorando o aprendizado dos estudantes que ingressam na escola com alguma defasagem. A proposta do monitoramento tem como diferencial o fato de serem estudantes ensinando os colegas. Em caso de dúvidas, eles contam com apoio da coordenadora do projeto e dos demais professores da instituição.

Cada monitor é responsável por quatro turmas, orientadas no contra-turno escolar. Ao todo são 14 monitores que com a ajuda do prêmio Unibanco recebem uma ajuda de custo para participar da monitoria.

A estudante Crislaine Stéffany da Silva Santos, 16 anos, do 3º ano matutino, declara que a experiência resultou num amadurecimento pessoal. “Muitos não entenderam a proposta e manifestaram certa rejeição por termos praticamente a mesma idade”, diz.

A colega Miriam Marçal, 18 anos, está vivenciando uma experiência diferenciada. O grupo de estudantes que monitora tem idade acima dos 50 anos. “É uma outra realidade, mas acredito que tenha perfil para compreender as dificuldades e ajudá-los”, revela. Conforme a monitora, diferente dos mais jovens, o comprometimento dos estudantes com mais idade é ainda maior. “Eles me procuram pedindo aulas de reforço e orientações, além daquelas que já fazemos no contra turno. Isso é muito bom”, declara.
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