A Câmara de Representantes dos Estados Unidos apoiou nesta quinta-feira a mudança dos presos de Guantánamo, em Cuba, para serem julgados em território americano, uma vitória para a Casa Branca na sua tentativa de fechar o presídio.

Com o respaldo de 224 votos a favor e 193 contra o Governo conseguiu eliminar um dos obstáculos para fechar a prisão no início do próximo ano.

A iniciativa, que integra um projeto de lei que contempla a entrega de US$ 42,8 bilhões ao Departamento de Segurança Nacional, deve de ser aprovada pelo Senado antes de o presidente dos EUA, Barack Obama, promulgar a lei.

Logo após assumir o Governo dos EUA, Obama manifestou o desejo de fechar Guantánamo e fixou o prazo em janeiro de 2010. No entanto, diversos obstáculos desde apareceram desde então.

Entre os problemas está a própria oposição dos democratas, que controlam ambas as câmaras do Congresso.

Muitos legisladores se opuseram aos planos de manter presos suspeitos de terrorismo dentro de presídios americanos.

O Partido Republicano criticou o plano de transferir presos de Guantánamo aos EUA por considerar um perigo a segurança nacional, posição idêntica a de alguns democratas.

Ao final, a liderança democrata conseguiu convencer seus membros e os representantes do partido da oposição não foram capazes de eliminar o projeto de lei.

As autoridades americanas já autorizaram a mudança de um prisioneiro para Nova York, Ahmed Khalfan Ghailani, acusado de envolvimento nos bombardeios de 1998 contra as embaixadas dos EUA na Tanzânia e no Quênia. Atualmente, 220 presos estão em Guantánamo.