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Sexta-feira, 03 de maio de 2024

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Gafanhoto

Uemura e denunciados pelo MPE serão ouvidos hoje

Foto: Midia News

Uemura e denunciados pelo MPE serão ouvidos hoje
Seis dos 30 denunciados pelo Ministério Público Estadual na Operação Gafanhoto serão ouvidos hoje pelo juiz da 15º Vara Criminal, José Arimatéia Neves Costa. Dentre os acusados está o empresário Júlio Uemura, acusado de chefiar uma quadrilha especializada em crimes financeiros em Mato Grosso.


O magistrado iniciou a oitiva das testemunhas de defesa por volta das 10h, no Fórum de Cuiabá. Oito, das 16 testemunhas arroladas no processo, prestarão depoimento ainda nesta sexta-feira. Arimatéia informou que caso não seja possível ouvir todos os acusados hoje poderá resignar a continuação da oitiva para o sábado (17).

O ex-deputado e apresentador de TV, Walter Rabello (PP), acusado de tráfico de influência, encaminhou um ofício pedindo a dispensa da oitiva já que estaria em São Paulo para a gravação de um programa da dupla Teodoro e Sampaio. Além disso, o secretário de Estado de Fazenda, Eder Moraes, arrolado como testemunha de defesa do progressista, também informou ao magistrado que não poderia comparecer a audiência.

O advogado de defesa de Uemura, Ricardo Monteiro, informou que haverá muitas surpresas nos depoimentos de testemunhas e demonstrou bastante otimismo. “Hoje será um dia muito importante e com certeza promete fortes emoções”, declarou. No entanto, não quis adiantar muita coisa sobre o depoimento de seu cliente.

Cesar Augusto Magalhães, advogado de Benedito Uemura, filho do empresário, reforçou a inocência do cliente e acredita que ele foi envolvido apenas pelo grau de parentesco com Júlio Uemura. “Ele não tem nada a ver com isso. O fato de ser filho de Uemura o acabou, envolvendo, mas o Ministério Público faz a parte dele”, afirmou.

O promotor do caso, Arnaldo Justino da Silva, não espera que Júlio Uemura confesse os crimes. “É um direito dele de negar, mas as provas são contundentes”, ressaltou. A Promotoria também conta com um trunfo: o depoimento de Renê dos Santos Oliveira, tido como braço direito do empresário e responsável por articular todo o esquema.

Renê mudou seu primeiro depoimento e confessou seu envolvimento com Uemura, além de ter passado detalhes da atuação do grupo no Estado. No entanto, o promotor prefere não jogar toda a responsabilidade para o acusado e explica: “Renê confirmou as denúncias e as provas que já existiam”.

O depoimento de Júlio Uemura é o mais aguardado do dia, mas o empresário deverá ser um dos últimos a ser ouvido pelo juiz. Além dele, serão interrogados Francisco Dias Lourenço, o Chicão, ex-policial civil, Mário Márcio Uemura, Gicelma Uemura, Benedito Uemura, Valdomiro Fernandes da Silva e Onezimo Martins de Campos, o Poconé, policial civil.

Operação Gafanhoto

O Gaeco deflagrou a Operação Gafanhoto no dia 5 de março e prendeu oito pessoas acusadas de participar um esquema de golpe financeiro em Mato Grosso, através de empresas laranja em outros estados. O empresário Julio Uemura, acusado de liderar a quadrilha, é um grande empresário do ramo hortifrutigranjeiro e contava com apoio de policiais civis e político para se beneficiar. Rabello foi denunciado por usar do cargo de deputado para fazer tráfico de influência em benefício de Uemura, amigo de longa data.

De acordo com as investigações, os acusados usam as empresas laranja em outros estados para comprar produtos sem pagar e ainda ameaçavam os cobradores. Os policiais eram responsáveis por usar da força para inibir cobradores e ainda fazer ameaças e extorsão. Uemura impedia que outros empresários do ramo viessem para o Estado, criando um monopólio hortifrutigranjeiro em Mato Grosso.

O Gaeco acusou o policial Francisco Lourenço, o “Chicão”, de comandar o esquema de cobrança, pressão e coerção.

Atualizada às 12h25
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