Olhar Direto

Sábado, 04 de maio de 2024

Notícias | Brasil

Estrategista de Obama ensina publicitários a usar marketing direto em campanhas

O cientista político americano Peter Giangreco, responsável pelas estratégias de marketing direto da campanha presidencial de Barack Obama, contou nesta sexta-feira aos publicitários brasileiros como obteve sucesso na eleição dos Estados Unidos e disse que o mesmo pode ser feito aqui em 2010.


Segundo Giangreco, o partido político que investir em marketing direto vai ter "grandes vantagens" nas próximas eleições no Brasil. O estrategista mostrou como a campanha de Obama conseguiu votos por meio de pesquisas que traçaram perfil do eleitorado de determinada região dos Estados, com seus costumes e dados de consumo, além de renda, sexo e religião.

"Precisávamos maximizar o desempenho do Obama e convencer as pessoas a apoiá-lo", afirmou Giangreco, em São Paulo, onde participou do primeiro seminário internacional de Estratégia de Comunicação e Marketing "O efeito Obama".

O estrategista contou que as estratégias de marketing foram traçadas a partir do banco de dados dos eleitores dos Estados Unidos, que traz informações como endereço, idade, sexo e renda, por exemplo, e traçou esses dados com uma espécie de censo que informa a religião, se pertencem a algum partido político ou sindicato, se é militar ou não, entre outros. "Esses dados foram realmente chave para nós", disse.

Também foram feitas comparações entre as zonas eleitorais para saber como votaram os eleitores nas últimas eleições e se realmente participaram do pleito, uma vez que o voto não é obrigatório nos Estados Unidos. O estrategista explicou que foram separados os eleitores de acordo com o sobrenome, o que poderia indicar a origem da família em outro país.

Com a tese de que "pássaros iguais voam juntos", Giangreco também explicou que pessoas que vivem no mesmo bairro costumam ter os mesmos hábitos de consumo e ideológicos. "As cidades estão mais misturadas hoje, mas ainda têm alguns padrões que podem ser avaliados. Tenho certeza que podem fazer isso aqui em São Paulo", afirmou.

Outra ferramenta usada na campanha de Obama foram pesquisas de opinião com amostras diferenciadas para indicar as necessidades de um único eleitor, o chamado microtarget, ou de um grupo.

Ao combinar os resultados das pesquisas e cruzar com todos os dados coletados, a equipe de marketing de Obama conseguiu selecionar grupos de eleitores de acordo com o interesse nos candidatos a presidente e, a partir daí, focar a campanha e persuadir os eleitores indecisos, por exemplo.

Os eleitores que foram identificados com 90% de chances de votar em Obama ou em John MacCain eram descartados. "Para evitar desperdício de tempo", disse. Também foi a partir dessas informações que o estrategista identificou os possíveis doadores de dinheiro para a campanha. "Não pedíamos só voto, mas doação de dinheiro", afirmou.

Giangreco advertiu que os dados das pesquisas não são perfeitos mas devem ser usados como ferramenta de marketing para conseguir votos e dinheiro.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 
xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet