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Sábado, 04 de maio de 2024

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Tensão cresce em diálogo e negociador de Zelaya chama proposta de "inaceitável"

O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, disse nesta sexta-feira que rejeitava, por ser "absolutamente inaceitável", a proposta do governo interino para que a Suprema Corte decida sobre seu retorno à Presidência, disse um dos seus negociadores, afirmando, no entanto, que o diálogo continua.


"É uma proposta absurda. Propusemos que seja o Congresso, com prévia opinião das instâncias competentes, incluindo a Suprema Corte [...] que emita a decisão", disse Victor Meza, um dos três negociador de Zelaya.

O negociador, Ministro do Interior do governo deposto, disse que ainda esperava uma revisão do feita pelo presidente interino, Roberto Micheletti, apesar de terem expirado de todos os prazos que Zelaya impôs para a conclusão das negociações.

Um clima de tensão dominava as discussões que tentam encontrar uma solução para a crise política em no país depois que representantes do presidente deposto e do presidente interino, Roberto Micheletti, se retiraram do hotel que serve de sede para as negociações para fazer consultas de última hora. Ambos saíram pelos fundos, para evitar os jornalistas na entrada principal. O hotel está fortemente protegido pela polícia.

A vice-chanceler do governo interino, Martha Lorena Alvarado, disse que ainda não há acordo sobre a restituição de Zelaya, mas também confirmou que o diálogo continua.

"Ainda não há acordo no ponto da restituição do senhor Zelaya. Não há acordo", disse Alvarado a jornalistas após sair de uma reunião com a comissão que representa o presidente de interino na mesa de diálogo.

O problema, segundo Alvarado, "é que eles [a delegação de Zelaya] insistem na restituição de Zelaya", enquanto o grupo de Micheletti quer que a questão "se defina por meio da Constituição e das leis".

"As negociações estão bem em sete pontos que acordamos. Há um último ponto não acordado", disse a vice-chanceler de Micheletti, ao apontar que um acordo "depende da outra parte, da parte do senhor Zelaya".

Na Bolívia, a chanceler do governo deposto de Honduras, Patricia Rodas, disse que o diálogo com representantes do governo interino "foi definitivamente quebrado" pela "intransigência da ditadura" em relação ao regresso de Zelaya.

"A intransigência da ditadura fez fracassar [o diálogo] em sua parte central, irrenunciável e inflexível para o povo hondurenho, para o presidente Zelaya e para nós que o acompanhamos nesta luta, que é o retorno do presidente", disse Rodas falando durante a Cúpula da Alba realizada na Bolívia.
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