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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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PT e PMDB formalizam pré-acordo para futura aliança nas eleições de 2010

PT e PMDB vão formalizar nesta terça-feira uma espécie de pré-acordo entre os dois partidos para a futura aliança em torno da candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) à Presidência da República.


Na presença da cúpula dos dois partidos, o PT vai oferecer a vice-presidência na chapa de Dilma ao PMDB durante jantar no Palácio da Alvorada, residência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O anúncio oficial da aliança, porém, será feito pelos peemedebistas somente em 2010.

O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), é cotado para ficar com a vice-presidência. Temer, porém, desconversa quando questionado sobre a sua participação na chapa da petista. "Na verdade, não há candidato a vice. Se houver a participação do PMDB na chapa como se pretende, não há nome para a vice. Há provavelmente a vice, mas não há ainda nome para isso", disse o deputado.

Segundo Temer, o PMDB vai definir somente na convenção da legenda, no ano que vem, se efetivamente vai se coligar com o PT em nível nacional. Por enquanto, a ordem dentro do PMDB é fechar um acordo informal com os petistas para forçar a legenda a apoiar a candidatura de Dilma.

Os peemedebistas têm dois problemas para administrar antes de formalizar a aliança: a ala dissidente da legenda e as resistências estaduais à união com o PT. O grupo pró-Dilma aposta na solução dos impasses regionais que permitam a aliança nacional se repetir nos Estados até o anúncio oficial da aliança. "São as lideranças regionais que passam a ser nossa obsessão, na certeza de que o acordo nacional vai impor mais respeito e melhor compreensão das bases", afirmou Temer.

No que diz respeito aos dissidentes, favoráveis ao PMDB apoiar um candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves (PSDB-MG) ou José Serra (PSDB-SP), os peemedebistas reconhecem que terão mais dificuldades para unir o partido. Com a tradição de dissidências, a cúpula peemedebista reconhece nos bastidores que não terá forças para unir a legenda em torno de Dilma.

O grupo pró-Serra aposta na queda da petista nas pesquisas de intenção de voto como forma de pressionar a maioria da legenda mudar de ideia em relação à aliança com o PT. "O tempo não favorece a eles, favorece a nós [dissidentes]. Temos que procurar os descontentes, as pessoas que conhecem a história do PMDB. Isso é coisa do [presidente] Lula. No fundo, é transformar o partido num satélite do PT. Em acho [a aliança] uma precipitação e o governo não ganha com isso", disse à Folha Online o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE).

Na opinião de Jarbas, que integra o grupo contrário à aliança com Dilma, o tempo vai mostrar ao PMDB que o partido não deveria ter firmado compromisso com o PT uma vez que a candidatura da ministra tem chances de não decolar. O senador defende o apoio do PMDB à candidatura do governador José Serra (PSDB-SP) ao Palácio do Planalto.

"O que a gente tem que fazer é enfrentar essa realidade nova que o PMDB pôs em prática, combater isso e esperar que o PSDB defina a candidatura. Definindo a candidatura, melhora para os dissidentes. A gente tem uma condição melhor de lutar com a candidatura definida", afirmou.
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