O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, disse nesta quarta-feira a taxação do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) de capital estrangeiro em 2% vai 'dar um diferencial' de preços das ações internacionais das ações brasileiras da companhia, mas não vai atrapalhar as operações com os papeis da estatal.
'Os ADRs [ações de um emissor estrangeiro] que entraram aqui vão pagar, vão ficar mais caros. Mas atrapalhar não, vai apenas dar um diferencial de preços da ações internacionais das ações brasileiras, o que o mercado já está fazendo', afirmou, depois de fazer palestra no Clube Militar, no Rio.
Sobre a variação do câmbio nos últimos dias, Gabrielli comentou que a cotação mais baixa tem impactos positivos e negativos, ao mesmo tempo, para a companhia. O mesmo se aplica, acrescentou, ao dólar mais valorizado.
'É complicado. Ao mesmo tempo em que a Petrobras é exportadora, portanto o câmbio é problemático, ela também importa, então o câmbio é bom. Por outro lado, ela tem ativos no exterior, o que é ruim, mas por outro lado ela tem dívidas, o que é bom. Então, não é sempre uma posição só', observou.