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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

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Em depoimento, Palocci diz que conheceu mensalão pelos jornais

O ex-ministro da Fazenda e deputado federal Antonio Palocci (PT-SP) disse nesta quarta-feira (21) que tomou conhecimento sobre o mensalão pela imprensa. “Tive conhecimento dos fatos divulgados em jornais da época e televisão. Não tenho conhecimento além do que foi publicado”, afirmou em depoimento prestado nesta noite, à juíza Pollyana Kelly Martins Alves, da 12ª Vara Federal do Distrito Federal.


Palocci foi ouvido na condição de testemunha de defesa do presidente do PTB, Roberto Jefferson, que é réu no processo do mensalão. Perguntado pelo advogado do ex-deputado José Janene (PP), também réu no mensalão, se o ex-parlamentar recebeu alguma compensação financeira em troca de apoio ao governo, o petista negou. “Nem o deputado José Janene, nem nenhum outro deputado exigiu recompensa financeira para apoiar o governo”, garantiu.

Palocci afirmou que conhece o réu José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil, há 29 anos. Sobre Dirceu, ele disse ter um “bom conceito dele. “Tivemos um relacionamento partidário e, no governo, porque estávamos em áreas fundamentais. [Foi uma] Experiência de trabalho bastante profissional, dedicada intensamente ao governo”, afirmou.

“Nosso contato era frequente por causa da crise econômica que exigiu um trabalho político-econômico. Ele era um homem responsável em suas atribuições e bastante dedicado”, completou Palocci, em relação à pessoa de José Dirceu. Por conta de seu suposto envolvimento com o mensalão, Dirceu teve seu mandato de deputado federal cassado e perdeu os direitos políticos por oito anos.

Ele acrescentou que, desde que assumiu a pasta da Fazenda, em 2003, não soube de quaisquer informações de que Dirceu teria exercido influência sobre decisões do PT. “Até onde tenho conhecimento ele não desempenhava funções partidárias”.

Perguntado se conhencia o empresário Marcos Valério, apontado como o operador do mensalão, Palocci resumiu. “Nunca o vi pessoalmente”.

O ex-ministro da Fazenda confirmou ter atuado no começo do primeiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela aprovação das reformas tributária e previdenciária, que, segundo ele, “foram duas reformas bastante grandes”. Ele, porém, negou que nas diversas reuniões realizadas para debater as reformas se tenha discutido qualquer forma de vantagem para suas aprovações. Segundo Palocci, os encontros eram de caráter extremamente político-administrativos.

No fim de agosto, o Supremo Tribunal Federal (STF) arquivou o inquérito que investigava a acusação de que Palocci teria quebrado o sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa, livrando o deputado de responder a uma ação penal.
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