O segundo leilão de contratos de opção de venda futura para milho safrinha resultou hoje na negociação de 17.045 dos 22.224 contratos de 27 toneladas oferecidos, ou 76% do total. Mais uma vez a disputa foi intensa entre produtores e cooperativas do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, que arremataram todos os contratos oferecidos (7.408 no MT, 3.704 no MS e 3.704 em Goiás), pagando inclusive ágio sobre o prêmio cobrado na comercialização de cada contrato. Já no Paraná, onde foram ofertados 7.408 contratos, a demanda foi para 30%, ou 2.229. Não houve pagamento de ágio.
A opção de venda futura dá ao detentor do contrato o direito de entregar nos armazéns da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em 1º de setembro, volume equivalente de milho a um preço determinado, no caso R$ 18,84 a saca (para milho do PR, GO e MS) e R$ 15,36 a saca (MT). Como nesses Estados os preços de mercado hoje (entrada da safra verão) estão abaixo desse patamar, muitos produtores veem na negociação com o governo garantia de escoamento da safra. Por isso, a disputa.

No Mato Grosso, o ágio sobre o prêmio de abertura chegou a 870%, de R$ 34,56 por contrato passou a R$ 335,10. Em Goiás, o valor de R$ 42,39 na abertura fechou a R$ 262,00 (+518%). No Mato Grosso do Sul, o ágio foi de 503%, de R$ 42,39 passou a R$ 256,00 no fechamento.

A Conab já confirmou novo leilão para a próxima quinta-feira, também com oferta de 22.224 contratos. Estão previstos outros dois leilões, somando um volume total de 3 milhões de toneladas. Com isso, o governo pretende estimular o plantio da segunda safra de milho, em desenvolvimento no País, a fim de compensar as perdas na primeira safra e assegurar um excedente de produção no fim do ano.