O governador Blairo Maggi comentou nesta quinta-feira (19.02) seu encontro com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, em Brasília (DF). O gestor apresentou o posicionamento contrário do Estado à instalação do zoneamento da cana-de-açúcar. “Nós viemos há mais de 20 anos trabalhando no Zoneamento Socioeconômico Ambiental, não pode se separar a cana”.

O governador explicou que o zoneamento da cana restringe o plantio, e consequente produção de etanol, nas regiões do Pantanal e na Amazônia. “Compreendemos e entendemos que no Pantanal não se pode ter a cana-de-açúcar, não se pode fazer nada. Nós temos lei estadual quanto a isso”. Ele destacou que implementações desse tipo de restrições não contribuem com o Brasil para alcançar mercados, tanto nacionais como internacionais. O que seria realmente necessário é um maior incentivo para a produção com responsabilidade ambiental.

Para atender a este zoneamento seria utilizado um mapa com escala de 1 para 5 milhões, o que na explicação do governador seria totalmente questionável, uma vez que cada centímetro no mapa equivaleria há cinqüenta quilômetros quadrados. Maggi adiantou que dentro de 60 dias um mapa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estará concluído com uma escala de 1 para 250 mil, apresentando o mapa da vegetação.

O governador adiantou que fará um convite para que a ministra conheça o modo de produção de cana-de-açúcar em Mato Grosso.