Uma operação da PF (Polícia Federal) deflagrada na manhã desta segunda-feira resultou na prisão de seis pessoas suspeitas de integrar uma quadrilha especializada de extorsão a empresários e sacoleiros em São Paulo, corrupção passiva e ameaça de sequestro. Entre os detidos estão dois policiais federais, um ex-policial civil e um ex-PM --que havia sido condenado pelo assassinato de um delegado. Durante a ação, a PF apreendeu R$ 5 milhões em cédulas falsas.
Até o final da tarde de hoje, um suspeito --que deve ter a prisão preventiva decretada-- continuava foragido.
Segundo o superintendente da Polícia Federal em São Paulo, Leandro Daiello Coimbra, já há dois casos confirmados de extorsão a empresários, sendo que um deles envolveu um ônibus de sacoleiros que havia saído do Paraguai.
De acordo com a polícia, a quadrilha pedia entre R$ 5.000 e R$ 50 mil a empresários. Para extorqui-los, o grupo utilizava tanto informações sobre ações suspeitas dos empresários ou inventava acusações contra as vítimas.
Ainda segundo a polícia, um dos suspeitos se passava por delegado para ameaçar as vítimas.
De acordo com Coimbra, a quadrilha não utilizava informações dos bancos de dados das policiais Civil, Militar e Federal. A PF vai apurar, no entanto, se a quadrilha utilizava equipamentos da polícia --como coletes a provas de bala, distintivos, entre outros.
Além dos R$ 5 milhões em cédulas falsas, foram apreendidos R$ 13 mil com um dos policiais federais e um jet ski. Um dos suspeitos presos possuía mais de 20 anos de carreira na PF.
Todos os suspeitos continuam detidos e devem prestar depoimentos à Polícia Federal. A Operação Persistência teve início em novembro de 2008, quando uma das vítimas denunciou a ação à PF.