A Comissão de Meio Ambiente e de Desenvolvimento Sustentável retomou sua reunião, depois que os ativistas do Greenpeace deixaram a sala. O primeiro item da pauta é o Projeto de Lei 6424/05, do senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA). O projeto recebeu substitutivo do relator, deputado Marcos Montes (DEM-MG), que vem sendo chamado por ambientalistas de "Floresta Zero".

Na avaliação do presidente da Frente Parlamentar Ambientalista, deputado de Sarney Filho (PV-MA), o substitutivo faz concessões àqueles que desmataram e possibilita novos desmatamentos. "É integralmente a proposta apresentada pela Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária (CNA). Então como vai ficar? Temos uma comissão aqui trabalhando (do Código Florestal), tem um relatório sendo votado. O que vamos fazer? Esse episódio demonstra que essa matéria está sendo tratada de uma maneira atabalhoada, de uma maneira muito açodada", disse ele na terça-feira (27).

Marcos Montes contestou. Ele sustentou que o projeto relatado já tramita há quatro anos na Comissão de Meio Ambiente e refere-se apenas à atividade rural, enquanto a comissão especial sobre o Código Florestal vai tratar de diversos aspectos, como a questão ambiental urbana, o pré-sal e aspectos relacionados à energia.

O relator afirmou também que buscou subsídios não só na CNA, mas também acolheu sugestões de diferentes entidades, como a Confederação Nacional da Indústria, a Organização das Cooperativas Brasileiras e o próprio Ministério do Meio Ambiente.