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Domingo, 05 de maio de 2024

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após acordo

Enviado dos EUA diz que restituir Zelaya será difícil

O enviado dos Estados Unidos para Honduras, Thomas Shannon, disse nesta sexta-feira que será preciso "prestar atenção" para que o presidente Manuel Zelaya seja realmente restituído ao cargo, mais de quatro meses após sua deposição...

O enviado dos Estados Unidos para Honduras, Thomas Shannon, disse nesta sexta-feira que será preciso "prestar atenção" para que o presidente Manuel Zelaya seja realmente restituído ao cargo, mais de quatro meses após sua deposição, como prevê acordo assinado mais cedo por comissões de negociação de Zelaya e do presidente interino do país, Roberto Micheletti.


"Esse é o tema que vai ser mais polêmico e que requer mais atenção", afirmou Shannon aos jornalistas em entrevista concedida a partir da capital hondurenha, Tegucigalpa, por meio de uma teleconferência. "A implementação desse acordo vai ser complicada e vai necessitar da colaboração da comunidade internacional."

Conforme o acordo, o Congresso Nacional deverá decidir, após consulta à Suprema Corte de Justiça hondurenha, se aceita a restituição de Zelaya. A Casa precisa decidir retroagir todo o Poder Executivo prévio ao 28 de junho de 2009 --data da deposição-- para que Zelaya possa voltar ao poder e cumprir seu mandato até o último dia, 26 de janeiro de 2010.

O documento não estabelece uma data para esta aprovação, mas o americano ressaltou que o processo "não pode demorar muito". Shannon destacou que Micheletti e Zelaya garantiram que aceitarão qualquer decisão do Congresso. "O motivo pelo qual eles aceitaram mandar [a restituição] ao Congresso é que essa é uma decisão política e que, por isso, devia ser tomada por um organismo político."

O americano não informou se os EUA ofereceram algo concreto para que a crise hondurenha caminhasse para o fim, mas disse acreditar que o ppaístenha entendido que "esse era o passo primeiro para a normalização de nossas relações". "O mais importante não é o que dissemos para Micheletti, mas o que outros hondurenhos disseram."

Para Shannon, esse acordo, uma vez efetivado, legitimará as próximas eleições presidenciais de Honduras, marcadas para 29 de novembro.

Mais cedo, o secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), José Miguel Insulza, havia dito que o acordo irá solucionar a crise, desde que seja cumprido "de boa fé". "Demorou mais do que esperávamos, mas no final tivemos resultados construtivos", disse.

Micheletti, que resistia duramente à restituição de Zelaya, também disse que o acordo foi o primeiro passo para encerrar a crise política do país, enquanto Zelaya adotou um discurso mais cauteloso e disse estar "otimista moderado".

Neste sentido, um dos assessores de Zelaya, Carlos Reina, afirmou, em entrevista à agência de notícias Efe que o acordo não acaba com toda crise, mas abre caminho para o retorno do presidente deposto. "Não quer dizer que, com a assinatura, já se resolveu a crise, porém sim que está começando o processo que deve culminar com a restituição do presidente Zelaya."

Zelaya, Reina e outros partidários do hondurenho estão isolados na embaixada brasileira em Tegucigalpa desde 21 de setembro passado, quando ele voltou, de maneira clandestina, para o país.
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