O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse neste domingo que espera que os palestinos 'voltem à razão e iniciem um diálogo de paz', depois que estes rejeitaram no sábado a oferta da secretária de Estado americana, Hillary Clinton, para reiniciar a negociação.
'O processo de paz é do interesse de Israel e, certamente, dos palestinos', disse o chefe do governo israelense aos jornalistas, antes de iniciar a reunião semanal com o Gabinete, informou a edição online do jornal 'Yedioth Ahronoth'.
'Expressamos nossa disposição em fazer coisas que não têm precedente, mas estamos encontrando a oposição do outro lado, que coloca condições prévias que não foram exigidas desde o começo do processo (de paz), há 16 anos', disse Netanyahu.
Os comentários do primeiro-ministro foram feitos depois que o presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, transmitiu ontem a Hillary sua rejeição em voltar às conversas de paz até o fim total da ampliação das colônias judaicas na Cisjordânia ocupada.
Hillary manteve ontem um encontro em Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos) com Abbas e outros líderes palestinos, aos quais, segundo a imprensa israelense, transmitiu uma oferta de Netanyahu para suspender a construção nos assentamentos, com exceção dos situados em Jerusalém Oriental e de três mil casas já iniciadas.
Abbas rejeitou a proposta e reiterou sua exigência do fim absoluto do crescimento das colônias.
Após seu encontro com Abbas, Hillary foi a Israel, onde se reuniu com o primeiro-ministro e com os ministros da Defesa, Ehud Barak, e de Assuntos Exteriores, Avigdor Lieberman.
A chefe da diplomacia americana pediu em Jerusalém que israelenses e palestinos reiniciem o processo de paz 'o mais rápido possível', e reiterou o compromisso da Administração do presidente americano, Barack Obama, com 'um acordo de paz integral' na região.