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Sábado, 11 de maio de 2024

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EUA cobram meta de pobre sem mostrar as suas, acusa africano

Terminou com críticas aos EUA o principal dia da reunião ministerial que tenta desatar alguns nós da negociação para a conferência de Copenhague. Representantes de cerca de 30 países fizeram em Barcelona uma discussão política antes do último encontro de negociadores pré-Copenhague, que acontece na semana que vem na cidade espanhola. Foi uma tentativa de tirar a reunião dinamarquesa da rota do fracasso.


Há três pontos principais de debate na reta final: 1) como serão estabelecidas as metas de corte de emissões até 2020; 2) quem pagará para os países pobres combaterem a mudança climática, e quanto; 3) quem administrará esse dinheiro.

Ontem, os EUA pressionaram os emergentes a revelar suas propostas imediatamente. "Precisamos saber o que China, Índia, Brasil, Indonésia e África do Sul pretendem fazer. É crucial", disse na reunião o americano Todd Stern, o homem do governo Obama para questões climáticas. Stern falou logo depois do representante chinês e disse que a necessidade de ter informação para discutir domesticamente antes de Copenhague "não se aplica a um grande número de países".

A Folha teve acesso apenas a parte do encontro --a reportagem foi expulsa da sala pelo governo dinamarquês, organizador do evento, sob o argumento de que não estava prevista cobertura de imprensa ali.

Após a reunião, o representante sul-africano rebateu o argumento americano: "Os EUA querem números nossos, mas não mostram os deles", afirmou Alf Wills.

O governo brasileiro adotou caminho parecido. "Os EUA têm exigido muito e oferecido pouco", afirmou o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. Na reunião, ele trabalhou com a meta de reduzir até 2020 as emissões de gás carbônico em cerca de 30% -o número final será discutido com o presidente Lula na terça-feira.

O representante chinês, Xie Zhenhua, do Conselho Nacional de Desenvolvimento, alertou que a reunião poderia acabar em mais conflito a depender do foco das negociações. E cobrou: "Os países desenvolvidos precisam ter uma redução significativa de suas emissões".
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