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Sexta-feira, 03 de maio de 2024

Notícias | Brasil

Milícia Bassiji mobiliza milhões de jovens para atuar em diferentes situações

Os Bassijis surgiram na Revolução Islâmica de 1979 como um movimento de jovens que contribuiu para pôr fim ao governo do xá Reza Pahlevi.


É uma organização da sociedade civil com milhares de participantes – apenas na universidade há 10 milhões de membros – cujo líder é escolhido pela hierarquia máxima do comando religioso.

Eles não fazem, entretanto, parte da estrutura formal do aparelho de Estado. A milícia é composta por milhares de pequenos grupos de pessoas articulados em torno de objetivos temáticos em seus locais de estudos, trabalho ou moradia.

Operam como uma organização capaz de atuar em situações totalmente diferentes: são combatentes quando o país está em guerra, ajudam na repressão a manifestantes - como ocorreu em junho último com os protestos em Teerã contra a reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad – e participam de atividades de formação religiosa, educacional e de ajuda a populações carentes na construção de casas em períodos de férias, um espécie do nosso Projeto Rondon dos anos 70.

Mona Saleh Fard, de 21 anos, estudante de engenharia da computação da Universidade de Teerã, faz parte da organização Bassijis desde os sete anos de idade. Ela conta que já desenvolveu trabalho voluntário em esportes, atividades culturais, políticas e religiosas e de ajuda a pessoas carentes.
“Já participei de trabalhos dando aulas de computação, ensinando o Alcorão (livro sagrado do islamismo] e dando reforço escolar. É um trabalho de formação de pessoas dentro de uma mistura de cultura e religião”, disse a estudante.

Para Meysam Ghasemi, de 29 anos, estudante de cultura islâmica, os Bassijis, constituíram um importante instrumento de defesa dos valores e princípios dos islamismo. Como é uma organização popular com milhares de membros, Ghasemi admitiu que alguns de seus integrantes podem ter cometido excessos. Muitos dos Bassijis possuem armas desde a época da revolução, em 1979.

Como os Bassijis podem atuar como polícia informal para defender aqueles que consideram inimigos do país, alguns usam esse poder à revelia das autoridades. ”Há pessoas que entram no [movimento] Bassijis só para usar do poder de ser polícia em benefício próprio”, disse Ghasemi, ao ser indagado sobre supostas prisões feitas por militantes do grupo durante manifestações da oposição contra o resultado das eleições de junho último.
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