A Secretaria Estadual de Educação (Seduc) em breve deverá licitar a construção de 27 laboratórios em Escolas Estaduais que oferecem o Ensino Médio Integrado (EMI). A informação foi dada nesta terça-feira pela manhã, pelo secretário de Educação, Ságuas Moraes, na abertura de um seminário destinado aos diretores destas escolas e das unidades escolares que vão oferecer o EMI em 2010. O seminário vai até sexta-feira, no Hotel Mato Grosso Palace.
Conforme o secretário, os recursos para estes laboratórios devem ser liberados por meio de uma emenda parlamentar do deputado federal Carlos Abicalil. Os laboratórios para as demais escolas (17 começam a ofertar o EMI no ano que vem) serão construídos com recursos próprios do Estado. Cada laboratório terá cinco salas, com estrutura para o ensino de matemática, física, química, biologia e linguagens. Nas salas de linguagens funcionarão os equipamentos de informática (30 computadores por sala).
O secretário informou aos presentes (professores e coordenadores das escolas que se destinam ao EMI) que recentemente expôs no Conselho Estadual de Educação as condições do Ensino Médio Integrado no Estado. Na ocasião, Ságuas disse ter sido questionado sobre o por que de ter iniciado o EMI em algumas escolas sem ter toda a estrutura necessária para o funcionamento (a ausência dos laboratórios, por exemplo). Ságuas disse então sobre o que é ideal, mas também sobre o que é real, possível. “Se tivéssemos que esperar mais três anos para começar o processo com a situação ideal, não sei que tudo o que fizemos até agora seria possível”, argumentou.
Ele falou ainda sobre a evasão que acontece nas escolas, em todo o mundo, em que é oferecida modalidade semelhante ao Ensino Médio tradicional. Nestas, o aluno não vê perspectivas nem em ingressar no mundo trabalho ou numa universidade. Nas escolas em que é oferecido o Ensino Médio Integrado, Ságuas observou que a evasão vem sendo menor.
O Estado havia deixado de oferecer o EMI desde meados da década de 90. Retornou em 2007, com cinco escolas. Este ano, foram 34. Uma das dificuldades é a formação do quadro de professores destas unidades. Daí a presença, no seminário, de instituições formadoras parceiras da Seduc, como a UFMT e o (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IF-MT). Outra dificuldade que tem sido transposta é o redimensionamento de matrículas. A intenção é concentrar o EMI em algumas escolas de uma região.
