O advogado José Moreno, coordenador-geral da campanha do candidato a presidente da Ordem dos Advogados do Brasil - seccional de Mato Grosso (OAB-MT), João Vicente Scaravelli, criticou Cláudio Stábile, candidato apoiado pelo atual presidente, Francisco Faiad, por não explicar o uso da máquina na campanha.
De acordo com Moreno, não houve qualquer ataque pessoal contra o adversário. Porém, avisou que não abrirá mão de contextualizar os desmandos relacionados ao uso da máquina da instituição. O advogado alega que Stábile está sem resposta e por isso resolveu atacar a candidatura de Scaravelli, da Chapa 2 – OAB Independente, tachando de ‘denuncismo’ os fatos apontados pelo adversário.
“O ato relativo à entrega das carteiras para novos advogados e estagiários se encontra documentado e é inegável o favorecimento ao candidato situacionista. Vale ressaltar que a acusação relativa ao uso de funcionários foi feita por um site da capital e não por apoiadores da nossa campanha”, esclareceu Moreno.
Segundo ele, por mais que o atual presidente da OAB negue o fato da entrega das carteiras como ato político, advogados recém-formados denunciaram recentemente que a solenidade foi adiada por duas vezes por incompatibilidade na agenda de Faiad, ou seja, já estava programado o evento para promover a campanha de Stábile.
“O que questionamos ainda é que nem os próprios conselheiros têm sido avisados da solenidade, como ocorria outrora. Só há divulgação para os grupos de interesse do atual presidente e o seu candidato, para que possam com isso ter contato com os novos advogados”, alertou José Moreno.
O fato, acrescenta Moreno, é que desde que o candidato situacionista assumiu a diretoria executiva da Escola Superior de Advocacia (ESA), a sua exposição midiática passou a ser ostensiva para aparição pública em eventos denominados oficiais. “Esse é o problema de não se afastar do cargo em época de campanha, o que permite assim, o uso da máquina”, frisou o advogado.
O atrelamento político-partidário e o mau uso da Ordem para, por exemplo, nomeação de cargos remunerados de amigos e apoiadores do atual presidente e do seu candidato, sem transparência e nenhum critério, motivam a adesão de advogados para a campanha de Scaravelli, que discordam de tais situações e buscam uma OAB independente.
“Desafio a chapa concorrente a demonstrar qualquer ataque pessoal feito por nós. Estão confundindo os apontamentos que estamos fazendo quanto ao uso indevido da Ordem, com ataques pessoais. Nossa campanha é pautada em propostas e as críticas no campo institucional vão continuar, se necessário for”, concluiu José Moreno.
