Olhar Direto

Quinta-feira, 18 de julho de 2024

Notícias | Política BR

Senado prorroga mais uma vez investigações sobre participação de Agaciel em atos

Apontado como pivô da crise que atingiu o Senado neste ano, o ex-diretor-geral Agaciel Maia vai ganhar uma sobrevida nos quadros da Casa até pelo menos janeiro de 2010. A Primeira Secretaria deve publicar na próxima segunda-feira no BAP (Boletim Administrativo de Pessoal) um ato prorrogando por mais 60 dias o prazo para que a comissão disciplinar que avalia a responsabilidade de Agaciel na edição dos atos secretos conclua seus trabalhos.


Essa é a segunda vez que a investigação é prorrogada. A comissão tinha até este sábado para decidir se vai recomendar ou não a demissão do ex-diretor. Agaciel é acusado de ter cometido crime de improbidade administrativa ao manter, sem a devida publicidade, nos últimos 14 anos, decisões do Senado, que envolvem nomeações, exonerações, criação de cargos e aumentos de benefícios.

Prazo para recadastramento de servidores no censo do Senado termina hoje
Após polêmica provocada por Expedito, Sarney procura STF e defende harmonia entre Poderes

Se a comissão recomendar a exoneração de Agaciel, caberá a seu padrinho político, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), bater o martelo, como aconteceu com o ex-diretor João Carlos Zoghbi (Recursos Humanos), também responsabilizado pelos atos secretos e por irregularidades na operação de empréstimo consignado para servidores do Senado. Sarney nomeou Agaciel em 1985 para a Diretoria Geral.

Segundo os servidores que integram a comissão que vai decidir se determina a demissão, a defesa do ex-diretor está recorrendo a manobras previstas na lei do serviço público (Lei 8.112/90) para adiar os trabalhos. Agaciel já foi ouvido pela comissão e os advogados argumentam que não houve prejuízo para a administração pública o teor dos atos e que o problema acabou resolvido com a validação das decisões.

Além de Agaciel, cinco servidores também são investigados porque receberam ordens ilegais e não denunciaram. Todos já foram ouvidos, mas os depoimentos ainda são mantidos em sigilo.

Foram envolvidos o chefe do serviço de publicação do boletim de pessoal do Senado, Franklin Albuquerque Paes Landim, a chefe de gabinete da diretoria de Recursos Humanos, Ana Lúcia Melo, os servidores do setor de publicações Jarbas Mamede e Washington Oliveira e o servidor da diretoria-geral Celso Menezes. No caso deles, a maior punição é uma suspensão de até 90 dias.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 
Sitevip Internet