Já chega a 19 o número presos nesta terça-feira no Rio durante a operação Têmis 3, que busca envolvidos na milícia Liga da Justiça. Além dos presos, também foi detida a mulher do suposto miliciano Ricardo Coelho, o Cadinho --apontado como um dos líderes do grupo e que permanece foragido--, segundo informações da Polícia Civil.

Entre os 19 presos, há dois policiais militares e um ex-fuzileiro naval. Um dos PMs presos hoje é Ivo Matos da Costa Junior, conhecido como Tomate e apontado pela polícia como o matador do grupo.

A Polícia Civil afirma que esta é a maior ofensiva contra a milícia, que atua na zona oeste da cidade. Para a chamada operação Têmis 3, a Justiça expediu 46 mandados de prisão e 34 de busca e apreensão.

Do total de mandados de prisão para a ação de hoje, 13 são contra pessoas que já estavam presas entre elas três policiais militares. Os outros mandados são contra pessoas ligadas à milícia comandada pelo ex-policial militar Ricardo Teixeira da Cruz, o Batman.

Durante as buscas, foram apreendidos quatro computadores, documentos com anotações da milícia, 15 celulares, duas pistolas 9mm, um revólver calibre 38, 65 projéteis sendo 14 para calibre.762 e 51 para 9mm--, um colete com escudo da Polícia Militar, fardas da PM, do Exército e do Corpo de Bombeiros, além de R$ 500 mostra o balanço da Polícia Civil.

Têmis

De acordo com a polícia, a ação de hoje é a terceira fase da operação Têmis, que teve início em maio deste ano, com a prisão do Batman. Ele estava foragido desde outubro do ano passado, quando escapou do presídio de Bangu pela porta da frente, acompanhado de dois homens vestidos de preto.

Batman foi condenado a nove anos e oito meses de prisão no dia 19 de março deste ano pelos crimes de formação de quadrilha ou bando armado. O Disque-Denúncia chegou a oferecer R$ 10.000 para quem apontasse pistas sobre o paradeiro do criminoso.

O objetivo da operação Têmis é desarticular a milícia de Campo Grande, na zona oeste do Rio. Segundo a Polícia Civil.

Em uma das primeiras fases da operação, em junho deste ano, 39 pessoas foram presas, entre elas 21 policiais militares, três policiais civis, um bombeiro e outros 14 acusados.

Batizada de operação Têmis --a deusa grega guardiã dos juramentos dos homens e da lei, a ação visa acabar com a milícia que atua principalmente nas favelas do Barbante e Carobinha, em Campo Grande, e nos bairros Cosmos, Inhoaíba e Paciência, na zona oeste do Rio.