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Segunda-feira, 30 de setembro de 2024

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no Cerrado

Embrapa pesquisa materiais genéticos de capim elefante

Considerada uma das mais importantes forrageiras tropicais, devido ao seu elevado potencial de produção de biomassa, fácil adaptação aos diversos ecossistemas, boa aceitação pelos animais e muito utilizada na alimentação de rebanhos.

Até o final de 2009, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) estará lançando três materiais genéticos de capim elefante para o Estado de Mato Grosso. Considerada uma das mais importantes forrageiras tropicais, devido ao seu elevado potencial de produção de biomassa, fácil adaptação aos diversos ecossistemas, boa aceitação pelos animais e muito utilizada na alimentação de rebanhos.


O pesquisador da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) Francisco Idelfonso Campos e o zootecnista Antônio Rômulo Fava, acompanham a evolução da gramínea e experimentos que são avaliados no campo experimental da Empaer, no município de Tangará da Serra (239km a Médio-Norte de Cuiabá).

O trabalho de pesquisa com o capim elefante no Estado começou no ano de 1998, em parceria com Embrapa, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e Empaer. Francisco Campos lembra que foram testados 58 clones e apenas 14 aceitos. Os clones são oriundos do Centro Nacional de Pesquisa Gado de Leite do Estado de Minas Gerais. O experimento tem como objetivo selecionar pelo menos um clone mais produtivo e adaptado para repassar aos pecuaristas.

O pesquisador explica que no período das chuvas o capim elefante produz de 70 a 80% de matéria verde e os 20% no período da seca. O capim produz até cem toneladas de matéria seca ou 700 toneladas de matéria viva por hectare, considerado um índice extraordinário. A maior produção do experimento no cerrado atingiu 63 toneladas de matéria seca e 500 toneladas de matéria viva por hectare.

Conforme o zootecnista Antônio, o capim elefante pode ser usado de várias maneiras seja em pastejo direto, rotacionado ou em forma de capineira em que a forrageira é cortada e colocada no cocho para o consumo do animal. Ele explica que mais de 50% das capineiras no Brasil utilizam como volumoso a cana-de-açúcar. O capim elefante é pouco utilizado, porque oferece maior número de manejo. Enquanto a cana-de-açúcar é cortada apenas uma vez por ano, o capim elefante sofre cinco cortes.

Quando o manejo é feito corretamente, o corte do capim no período das chuvas é realizado de 30 a 60 dias e no período da seca, entre 60 a 90 dias. O teor protéico do capim elefante chega a 16%, enquanto a cana-de-açúcar atinge o máximo de 4%. “O teor protéico é fundamental para a alimentação animal tanto para produção de carne e leite. A cana-de-açúcar é rica em energia e pobre em proteína”, esclarece Fava.

O pecuarista tem que ficar atento com o período de corte da gramínea, caso passe do ponto, tornará um capim fibroso, com baixo teor protéico e dificultar a digestão do rebanho. Segundo Fava, os clones de capim selecionados devem apresentar maior teor protéico, menor teor de fibra e mais adaptados para as regiões de Mato Grosso.
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