Centenas de litros de defensivos agrícolas contrabandeados foram apreendidos pela Polícia Judiciária Civil com apoio da Polícia Militar, na sexta-feira (13), em Tapurah (433 km a Médio-Norte de Cuiabá). Os agrotóxicos estavam escondidos na zona rural do município, onde a quadrilha mantinha um local para receber os venenos, falsificá-los, procurando torná-los semelhantes aos produtos originais e depois comercializar a produtores rurais das regiões de Tapurah e Itanhangá. Quatro pessoas estão presas e pelo menos mais cinco estão envolvidas na organização criminosa. As informações são da Polícia Judiciária Civil.

A adulteração dos venenos era feita em uma casa situada numa propriedade rural do Distrito de Ana Terra, município de Tapurah. Lá foram presos em flagrante Paulo de Oliveira, o “Baixinho" e Cláudio Jave de Sá Bandeira. No local foram descobertos diversos produtos que juntos lotaram um caminhão com várias caixas e frascos de venenos falsificados.

“Diante das informações obtidas e da grande quantidade de agrotóxicos contrabandeados, bem como, dos apetrechos apreendidos, utilizados para contrafação dos defensivos agrícolas, foi comprovada as provas do crime de formação de quadrilha”, disse o delegado Marcelo Martins Torhacs, que preside as investigações.

Em outro ponto da cidade de Tapurah, os policiais prenderam Tânea Regina de Mello Rossi e Odir José Tura. Na casa de propriedade de Tânea Regina foi encontrada grande quantidade de venenos falsificados e uma nota fiscal, que também pode ser falsa. Pela nota, os produtos encontrados na residência equivaleriam a R$ 43 mil.

A Polícia investiga a participação de mais cinco pessoas, cuja atuação na organização criminosa está bem sedimentada. Neste sábado (14), quadro dos cinco investigados se apresentaram, na companhia de advogados, ao delegado Marcelo Martins Torhacs e foram ouvidos no inquérito policial.

Conforme as investigações, trata-se de uma associação criminosa bem organizada, com ramificações em outras cidades do Estado e até fora de Mato Grosso, inclusive na divisa do Brasil com Paraguai. “As investigações continuarão buscando identificar outros envolvidos na quadrilha”, afirma o delegado Torhacs.

As informações são da PJC-MT.