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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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Eleições da Ordem

Stábile rebate acusações de Scaravelli no “olho a olho”

O candidato a presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso Cláudio Stábile desmontou as acusações que vinham sendo perpetradas ao longo da campanha pelo seu adversário, João Vicente Scaravelli, durante participação em debate promovido pelo programa “Ponto de Vista”, da TV Rondon (SBT).


Além de mostrar as inverdades do candidato da chapa adversária, Stábile aproveitou para apresentar aos advogados de Mato Grosso, usando o estilo “olho no olho”, a faceta contraditória e incoerente de João Vicente, que há apenas 60 dias “se converteu em oposição e agora joga pedra na vidraça que ajudou a construir”.

Stábile disse que Scaravelli tenta enganar a advocacia de Mato Grosso “com um discurso de oposição”, mas lembrou que o candidato passou nove anos administrando 20% de todos os recursos da Ordem dos Advogados do Brasil “sem jamais fazer qualquer crítica à administração”. Scaravelli foi tesoureiro da Caixa de Assistência e duas vezes presidente. “Tem voz no Conselho Seccional e nunca abriu a boca para fazer qualquer manifestação contrária”, disse sugerindo que o dirigente pode ter sido omisso em todo esse tempo. Scaravelli não soube responder.

“Durante todo o tempo de campanha, por onde passamos, ouvirmos queixas dos advogados pela forma como somos achincalhados pelo adversário. E sempre com inverdades. O debate foi importante para mostrar quem é quem nessa história”, disse o candidato. “Durante toda a campanha venho tentando discutir propostas com os advogados, levar nossa mensagem de como pretendemos fazer. Porém, do outro lado, lamentavelmente, enfrentamos a política rasteira, a campanha da difamação”.

Scaravelli vem fazendo campanha dizendo que Stábile quer apenas ser candidato a desembargador pelo fato de ter seu nome colocado pela advocacia para uma lista sêxtupla. Cláudio lembrou que Scaravelli mentiu no programa de TV quando falou que teria tentado duas vezes o cargo. Pego na mentira, João Vicente não respondeu. No debate, Stábile lamentou que o candidato venha satanizando o Quinto Constitucional como discurso de campanha para atingi-lo e lembrou que o pai do candidato também se inscreveu para a vaga, mostrando que “ter o nome incluído numa lista para o Quinto deve ser motivo de orgulho para qualquer advogado, assim como também ser presidente da Ordem”.

Outro ponto que ficou sem resposta por parte de Scaravelli foi quanto à defesa das prerrogativas dos advogados. O candidato não conseguiu explicar seu posicionamento sobre o processo em que o juiz federal Julier Sebastião da Silva, da Vara Federal, determinou o afastamento do presidente da OAB, Francisco Faiad, do cargo, usando instrumentos jurídicos ilegais. Na época, Scaravelli defendeu a decisão do juiz federal. Posteriormente, após todas as críticas por parte da advocacia em todo o Brasil e do desagravo público em favor do dirigente, que retornou 24 horas depois ao cargo, Scaravelli apresentou uma outra versão. No debate, tentou sustentar que “esse assunto já está superado”.

Também ficou sem resposta a questão do uso de escutas telefônicas. Embora tenha discursado contra o uso de grampos e outras formas de tentar extrair provas, Scaravelli negou que tenha sido responsável por uma gravação que circula pela Internet, sem comprovação de veracidade, de forma anônima, em que há uma suposta conversa entre um advogado e uma funcionária da Ordem. Também não deu explicações que pudessem ao menos atenuar temas como o envio de malas diretas e também e-mails com sua foto pela Caixa de Assistência, da qual diz estar afastado. “Há, inclusive, venda de consórcio com a promessa de que o próprio candidato diz que vai entregar dois carros”, comentou.

Na campanha, Scaravelli insiste em fazer acusações sobre uso da máquina pela OAB em favor do candidato da chapa “Pela Valorização do Advogado”. Porém, ele não conseguiu responder a duas questões: a primeira, sobre os gastos com o “Jornal do Advogado”, ao qual pagou durante cinco anos, via contrato, para que sua foto aparecesse sempre na primeira página. “Foram mais de R$ 60 mil do advogado, pagos a esse jornal para fazer propaganda pessoal”, frisou.
 
Scaravelli, por outro lado, admitiu o uso do telefone corporativo da OAB para fins particulares, inclusive com telefonemas para o Rio Grande do Sul. O candidato prometeu ressarcir a OAB.
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