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Sexta-feira, 03 de maio de 2024

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Cristina Kirchner oferece a Peres mediação com Abbas

Cristina Fernandez de Kirchner, governante da Argentina, disse hoje ao presidente de Israel, Shimon Peres, que está disposta em colaborar para a busca de uma solução para o conflito do Oriente Médio e defendeu o direito da Palestina de constituir um Estado.


Nesta segunda-feira, Cristina e Peres e reuniram-se na Casa Rosada durante cerca de meia-hora e ambos consideraram o encontro como "excelente" na entrevista coletiva conjunta concedida posteriormente ao encontro.

"Ressaltamos a necessidade de existir e de que seja reconhecido o Estado da Palestina, para que esse povo possa viver livre e democraticamente, e garantir também o direito de Israel viver em paz", apontou Cristina.

A governante definiu como um fato "casual" a proximidade entre a chegada de Peres e a próxima visita ao país do presidente palestino, Mahmoud Abbas, prevista para domingo.

"Sentimos muito respeito por ele (Abbas), queremos conseguir um acordo com ele e quisemos que a presidente argentina realizasse uma contribuição construtiva, temos as mesmas percepções sobre vários assuntos", assinalou Peres.

"Não é possível construir a paz por meio da violência, a paz se constrói com diálogo, negociação, e a presidente tem um excelente diálogo", elogiou o presidente israelense.

Cristina comprometeu-se em "fazer todos os esforços para conseguir de alguma forma contribuir para a construção da paz duradoura e definitiva no Oriente Médio, baseado na existência dos dois países em convivência pacifica".

"Gostaria de ver os palestinos em seu Estado reconhecido por todo o mundo e ver Israel dentro de suas fronteiras com paz e segurança", acrescentou.

Ambos os líderes concordaram também sobre a necessidade de levar até o final as investigações dos atentados ocorridos em Buenos Aires contra a embaixada de Israel (1992) e à Associação Mutual Israelita Argentina (Amia) em 1994, que provocaram 114 mortes.

Cristina voltou a reivindicar ao Irã a extradição dos envolvidos nos atentados contra ambas as instituições e ressaltou que "ninguém, absolutamente ninguém, pode em nome de nenhuma religião, nenhuma fé ou nenhum Deus, tirar a vida de outras pessas".

"Colocamos um tema que nos preocupa e que também preocupa a vocês, que são as políticas do presidente do Irã", assinalou Peres.

"Por isso é tão importante o tema de desenvolvimento de armas nucleares do Irã, temos apontado os acusados por estes dois atentados e um deles é o ministro da Defesa iraniana (Ahmad Vahidi). Se pode confiar em uma pessoa assim?", questionou Peres.

"Eu sei que o senhor tem interesse em oferecer sua vontade para ajudar os palestinos e os israelenses e o apoio argentino à paz sugerindo dois Estados para dois povos tem muito valor por certamente tem supremo valor a oposição total ao terror", apontou o presidente de Israel durante o almoço de honra oferecido pela governante argentina.

Apesar da boa sintonia declarada por ambos os líderes, Cristina foi taxativa ao afirmar diante do presidente e Israel que a "Argentina não permite que ninguém escolha seus amigos, nem Argentina pretende escolher os amigos de ninguém" em resposta a uma pergunta sobre as relações de seu Governo com o venezuelano Hugo Chávez.

Cristina lembrou que, "salvo o caso de Honduras, que tem um Governo ditatorial", os demais Governos da região foram "eleitos democraticamente" e decidem suas políticas dentro de suas instituições.

O primeiro dia da visita oficial de Peres à Argentina começou com um seminário empresarial e será concluído com um ato grande com a comunidade judaica previsto para as próximas horas.

Peres, o primeiro presidente de Israel que visita Argentina nos últimos 20 anos, concluirá sua visita a Buenos Aires amanhã.
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