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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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Advogados pedem para o Ministério Público investigar site de adversário de D'Urso

Aliados do presidente da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil) de São Paulo, Luiz Flávio Borges D'Urso, entraram com uma representação nesta terça-feira para que o Ministério Público Federal investigue uma suposta fraude na enquete divulgada no site do advogado Rui Fragoso.


D'Urso disputa hoje a segunda reeleição na presidência da OAB-SP e Fragoso é um de seus adversários. Também estão nas disputa outros dois candidatos: Hermes Barbosa e Leandro Pinto.

Na representação, os aliados de D'Urso questionam a veracidade do resultado da enquete, na qual os advogados foram questionados sobre serem a favor ou contra uma segunda reeleição na entidade.

Os aliados se basearam no relatório da empresa Crowe Horwath RCS, que fez auditoria no site de Fragoso. A empresa concluiu que cada vez que o internauta se dizia "a favor" do terceiro mandato, eram computados quatro votos para a opção "contra". A enquete foi tirada do ar na mesma semana em que o relatório foi divulgado.

Segundo o advogado Arles Gonçalves Júnior, um dos que assina a representação, os procuradores podem ou não abrir uma investigação para apurar se houve materialidade e autoria de crime. Caso a suspeita seja confirmada, os procuradores devem indiciar os responsáveis pela irregularidade no resultado da enquete.

"Isso não pode passar em brancas nuvens", afirmou Gonçalves Júnior, ao ressaltar que a representação não inviabiliza a votação de hoje nem o seu resultado. "O culpado pela irregularidade pode sofrer sanção", disse ele, sem apontar Fragoso como o culpado.

Por meio de nota, Fragoso disse que lamenta a iniciativa dos aliados de D'Urso, que passou a atacá-lo devido ao "crescimento acentuado de sua candidatura". Ele também lembrou que a empresa "desmentiu " que houve fraude no resultado da votação.

"Agora, diante desse ato violento passa não só a ser lamentável, como também criminosa a ação, uma vez que quem denuncia crime que sabe não existir pratica denunciação caluniosa. E, diante da regularidade de nosso site e enquete, é desse estratagema que agora se serve D'Urso e seu grupo na tentativa desesperada de se manter no poder à frente da Ordem por quase uma década", afirmou Fragoso na nota.

Na semana passada, Fragoso disse que iria entrar com uma interpelação judicial contra D'Urso, o que ainda não foi confirmado. Ele queria que D'Urso indicasse quem são as pessoas que estão usando o relatório da auditoria para prejudicá-lo na disputa pelo comando da OAB-SP.

Na ocasião, Fragoso questionou o relatório da auditoria e disse que a empresa tinha lhe enviado um documento dizendo que o laudo não apontava para uma fraude.

Questionado sobre o argumento de Fragoso, Gonçalves Júnior disse que a empresa explica que o relatório não fala em fraude, mas realmente aponta irregularidades na apuração dos votos da enquete.

"A gente não pode adjetivar uma auditoria. Se a empresa fizesse isso [dizer que houve fraude], ela estaria exorbitando sua competência. A auditoria apenas aponta uma irregularidade que agora deve ser investigada pelo Ministério Público", afirmou Gonçalves Júnior.
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