O comandante do 6º Comando Aéreo Regional da Aeronáutica, major brigadeiro Ricardo Machado Vieira, esteve ontem (17) em Rondonópolis para visitar a estrutura do aeroporto municipal Maestro Marinho Franco. Há cerca de um mês, o município deixou de operar vários trechos com a aeronave ATR-72, com capacidade para 68 passageiros, pois não tem disponível o caminhão AP2, de combate a incêndio, exigido pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
A visita foi acompanhada pelas autoridades do município e pelo deputado federal Valtenir Pereira e pela deputada estadual Vilma Moreira, ambos do PSB. Valtenir, que articulou a vinda do comandante para avaliar as necessidades do aeroporto local e posteriormente encaminhar um relatório ao comandante geral da Aeronáutica, tenente brigadeiro-do-ar Juniti Sato, acredita que Rondonópolis poderá também ser contemplada com o benefício.
Para voltar a operar com aeronaves com capacidade para mais de 40 passageiros, o aeroporto precisa ter, além do caminhão, uma seção contra incêndio e 15 militares do Corpo de Bombeiros treinados em um curso específico. As mudanças, se realizadas, elevarão o local da categoria 2 para a categoria 5, que oferece a possibilidade do aeroporto receber aviões com capacidade para 200 passageiros ou mais, como o Boeig 737 e o Airbus 319, se houver uma pista adequada.
Segundo o major brigadeiro Machado, a avaliação é importante e a vinda até Rondonópolis serviu também para conhecer as autoridades locais, como o prefeito José Carlos do Pátio. Ao prefeito foram solicitados dados sócio-econômicos do município, que farão parte do relatório. Ainda segundo o comandante, a expectativa para que a Aeronáutica ceda o caminhão é boa, no entanto, não é possível estipular um prazo.
Para o deputado Valtenir Pereira, além das modificações, ainda será possível construir uma pista maior no aeroporto, através de financiamento. “É uma articulação que nós começamos em dezembro de 2008 e nessa segunda etapa estamos trabalhando com Rondonópolis”, disse o deputado referindo-se ao trabalho que já foi feito por Sinop e Alta Floresta, que passavam pelo mesmo problema, mas na última sexta-feira (13) receberam cada uma o caminhão AP2.
Cada caminhão de combate a incêndio custa cerca de R$ 1,5 milhão. O equipamento possui uma bomba com vazão de seis mil litros de água por minuto, pesa 24 toneladas com capacidade para 5.700 litros e a bomba é acionada por um conversor de potência. O canhão frontal tem vazão de 1135 litros por minuto e atinge uma distância de 46 metros. Já o canhão superior tem vazão de 2.838 litros por minuto e atinge uma distância de 58 metros.
Reforma
Com recursos provenientes do Ministério das Cidades, o aeroporto Maestro Marinho Franco está passando por uma reforma, que inclui a construção de uma sala de embarque com sanitários e fraldário, sala de desembarque com esteira rolante para malas, portas de acesso ao embarque com detectores de metais, espaço para comércio e balcão central de informações. A obra contempla ainda a duplicação da quantidade de guichês das companhias e um espaço exclusivo para a Polícia Federal.
Junto ao prédio antigo, serão construídos 483 metros quadrados, que ao final vão totalizar 800 m² de área construída. Segundo José Elias, gerente do aeroporto, a previsão é de que até o final de novembro a ala nova esteja pronta para, em seguida, a empresa responsável pela obra começar a trabalhar na parte antiga do terminal.
