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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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Disputas judiciais contribuíram para agravar doença de Pitta, diz advogado

O advogado do ex-prefeito Celso Pitta, Remo Battaglia, disse neste sábado (21) que as disputas judiciais contribuíram para agravar a doença do ex-prefeito, que morreu na noite de sexta-feira (20) em decorrência de câncer disseminado no intestino.


"Ele mesmo disse isso, que, sem dúvida, isso foi mais um ingrediente todos esses dissabores, problemas e disputas judiciais. Inclusive, quando ele estava lutando contra a doença, ele passou por isso", afimou, citando como exemplo a prisão domiciliar pela qual passou este ano por falta de pagamento da pensão alimentícia da ex-mulher, Nicéia Pitta.

O ex-prefeito chegou a ser preso em julho do ano passado, durante a Operação Satiagraha, mesma ocasião em que também foram detidos o banqueiro Daniel Dantas e o investidor Naji Nahas.

Em novembro de 2008, ele teve a prisão decretada por falta de pagamento da pensão à ex-mulher. Em abril deste ano, ele obteve um habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) permitindo que cumprisse prisão domiciliar.

À época, ele afirmou que deixou de pagar a pensão a sua ex-mulher, Nicéia Pitta, devido a perdas de contratos por tido nome envolvido na Operação Satiagraha.

Processos

Segundo o advogado, o patrimônio de Pitta está bloqueado devido a processos judiciais referentes à gestão dele quando prefeito. Para Battaglia, as ações cíveis a que o ex-prefeito respondia, como o processo referente à pensão alimentícia, não devem ser extintos, mas os processos criminais, como o da Operação Satiagraha, sim.

O mandato de Pitta foi marcado por suspeitas de corrupção, com denúncias surgindo em março de 2000, principalmente por parte de sua ex-esposa, Nicéia Camargo. As denúncias envolviam vereadores, subsecretários e secretários - entre as denúncias, está o escândalo dos precatórios.

'Bravura'

Em entrevista coletiva concedida no Hospital Sírio-Libanês, Battaglia disse que Pitta era um "guerreiro" e que enfrentou a doença "com bravura". "Era um atleta, corria e andava. Fazia exercícios em casa", disse.

Segundo ele, a família vinha sofrendo com a doença. "Estão todos abalados. A atual convivente dele, a mãe, a sobrinha, as pessoas com quem ele tinha contato, com quem eu pude falar. Todos estão muito tristes. Eles já estavam sofrendo muito com a doença."

Velório e enterro

Boletim médico divulgado pelo hospital informou que a doença vinha vinha sendo tratada desde janeiro desse ano, quando foi submetido a uma cirurgia para retirada de um tumor no intestino.

De acordo com o boletim, Pitta estava internado desde 3 de novembro, acompanhado pelas equipes médicas coordenadas pelos médicos Raul Cutait e Paulo Hoff.

O velório está marcado para as 12h, na Assembléia Legislativa, e o enterro, para as 17h, no cemitério Getsêmani, em São Paulo.

Eleição e mandato

Pitta foi eleito em 1996, com 62,2% dos votos, apoiado pelo ex-prefeito Paulo Maluf (PP), de quem havia sido secretário. Ele esteve à frente da prefeitura até 2000.

O mandato de Pitta foi marcado por suspeitas de corrupção, com denúncias surgindo em março de 2000, principalmente por parte de sua ex-esposa, Nicéia Camargo. As denúncias envolviam vereadores, subsecretários e secretários - entre as denúncias, está o escândalo dos precatórios.

Segundo a assessoria do advogado do ex-prefeito, Pitta vinha trabalhando como economista, prestando assessoria a empresas
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