A reunião realizada pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) em Curitiba, no sábado 21, lançou mais dúvidas sobre a definição do partido para o cenário político do ano que vem.
 
Representantes de 15 diretórios regionais assinaram uma carta de intenção em apoio à candidatura própria do partido à Presidência da República e sugeriu o nome do governador do Paraná, Roberto Requião, segundo informou o deputado estadual Adalto de Freitas, o Daltinho, que foi o único representante do diretório de Mato Grosso no encontro.

O deputado mato-grossense informou que estavam presentes na reunião o ex-governador de São Paulo Orestes Quércia, o senador Pedro Simon, o governador de Santa Catarina, Luiz Henrique, o ex-ministro Eliseu Padilha e o ex-ministro de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger. Todos afinaram um discurso de candidatura própria e elogiaram o nome de Requião. O mais entusiasmado com essa possível candidatura era o gaúcho Pedro Simon.

O deputado Daltinho considerou interessante a possibilidade de discutir a candidatura própria do partido e informou que o governador Requião não fez objeção à união com o PT, conforme querem alguns peemedebistas, mas demonstrou a preferência pela candidatura própria do partido. “A cidade parece que está em ebulição e pode travar uma nova discussão dentro do partido”, destacou Daltinho.

A declaração de Pedro Simon na imprensa ao participar do encontro de sábado revela uma facção descontente com a união com Dilma Rousseff. "Não é uma candidatura anti-Lula, é uma candidatura do PMDB que pode, e tenho convicção, de que vai para o segundo turno.
 
Talvez seja a salvação do Lula para não perder para o Serra", comentou Simon ao chegar ao encontro, pouco antes de propor o nome do governador do Paraná para a disputa.
 
Para explicar a fala, o senador acrescentou que "Requião ganha fácil do Serra" no segundo turno das eleições, deixando claro não acreditar na possibilidade de sucesso nas urnas da candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.

O deputado Daltinho afirmou que vai se reunir com o diretório regional para passar as informações do encontro de Curitiba a fim de saber a opinião do vice-governador Silval Barbosa e do deputado federal Carlos Bezerra, que é o cacique maior do partido.
 
Em Mato Grosso, a tendência do partido é manter o apoio a Dilma, pois o PT tem acordo em apoiar a pré-candidatura de Silval ao governo em 2010.