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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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Comissão da Câmara pede a Jobim lista de passageiros do voo de Lulinha

A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara aprovou nesta quarta-feira requerimento de informações ao Ministério da Defesa para que a Casa tenha acesso à lista de 15 passageiros que utilizaram avião da FAB (Força Aérea Brasileira) como convidados do empresário Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho do presidente da República. O governo terá o prazo de 30 dias para responder ao requerimento, de autoria do deputado Duarte Nogueira (PSDB-SP).


Inicialmente, o deputado apresentou pedido de convocação dos ministros Nelson Jobim (Defesa) e Jorge Félix (Gabinete de Segurança Institucional) para explicarem o episódio da "carona" na aeronave presidencial. Por acordo com os demais parlamentares, Nogueira aceitou substituir a convocação pelo pedido de informações ao governo.

Reportagem publicada ontem pela Folha revela que, faltando dez minutos para pousar no aeroporto internacional de Brasília no dia 9 de outubro, uma sexta-feira, o Boeing 737 de prefixo 2116, da FAB (Força Aérea Brasileira), teve de mudar de itinerário e retornar a São Paulo para buscar novos passageiros: o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e Lulinha, com 15 acompanhantes.

Segundo a reportagem, a viagem do Boeing começou em Gavião Peixoto (SP), levando a Brasília militares a serviço da Aeronáutica. Eram 17h, já perto da capital federal, quando o comandante recebeu ordem de voltar a São Paulo. O Boeing voltou e pousou às 19h em Guarulhos, onde foi abastecido. O comandante recebeu nova ordem: os passageiros embarcariam em Congonhas, não em Guarulhos.

A Folha informa que o Sucatinha partiu de Guarulhos às 20h30. Como já havia sido abastecida, a aeronave teve que ficar voando por uma hora para gastar combustível e ingressar nas condições de pouso em Congonhas, onde aterrissou às 21h30. Os militares foram deslocados para a parte traseira, para que os novos passageiros embarcassem. A decolagem foi às 23h. O avião chegou a Brasília uma hora e 40 minutos depois.

Outro lado

A assessoria do Banco Central diz que Meirelles solicitou a aeronave da FAB apenas para ele e um assessor.

A assessoria de imprensa da Presidência da República afirma que os passageiros, incluindo Lulinha, eram convidados do presidente. Lulinha não foi localizado para comentar o caso.

O tenente-coronel Henry Wender, assessor da FAB, afirma que, como o Boeing estava à disposição da Presidência, a FAB não tem controle de lista de passageiros e de itinerário.
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