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Segunda-feira, 06 de maio de 2024

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Pressão sobre Irã mostra consenso em programa nuclear, dizem EUA

O porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, afirmou que a aprovação, na AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), de uma resolução contra o programa nuclear iraniano, nesta sexta-feira, é uma demonstração da "unidade da comunidade internacional" sobre o assunto. "Ressalta o amplo consenso de chamar o Irã a corresponder às suas obrigações internacionais e oferecer transparência sobre seu programa nuclear."


Uma vez aprovada a resolução na AIEA, esse documento pode ser levado para o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), que poderia impor mais sanções.

"O fato de que 25 países de todas as partes do mundo votaram a favor [da resolução] mostra a necessidade urgente de o Irã tratar do crescente deficit internacional de confiança sobre as suas intenções", afirmou Gibbs, em nota. O Brasil foi um dos seis países que se abstiveram da votação, ao lado de Turquia, Paquistão, Afeganistão, África do Sul e Egito. Outros três países votaram contra: Venezuela, Cuba e Malásia.

"Nossa paciência e a da comunidade internacional é limitada, e o tempo está acabando. Se o Irã se recusar a cumprir suas obrigações, então será responsável por seu próprio e contínuo isolamento", completou.

Para os Grupo dos 5+1 (EUA, Reino Unido, França, Rússia e China, mais a Alemanha), a resolução serve de pressão para esclarecer a natureza do programa nuclear iraniano. Se puramente civil como afirma o regime islâmico ou, ao contrário, militar, como suspeitam as grandes potências.

Em resposta à resolução, o porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores do Irã, Ramin Mehmanparast, afirmou considerar a medida "um gesto teatral". "Sua meta é aumentar a pressão sobre a República Islâmica, mas esse é um objetivo inútil", disse o porta-voz, em uma declaração à agência oficial de notícias iraniana Irna.

O Irã anunciou que, ainda por causa da resolução, reduzirá seu nível de cooperação com AIEA e deu a entender que buscará o urânio enriquecido que afirma necessitar por outras vias. No entanto, o Irã continuará como membro da agência. "Se direitos fundamentais do Irã, como signatário do Tratado de Não-Proliferação Nuclear, não forem respeitados no marco da AIEA, não veremos razão alguma para aplicar os acordos adicionais", afirmou.

Na semana passada, quando o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, esteve em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse defender programas nucleares com fins pacíficos, mas pediu para o Irã que continue com "o engajamento com países interessados, de modo a encontrar uma solução justa e equilibrada para a questão nuclear".
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