Citado no processo que investiga um suposto esquema de pagamento de propina no governo do Distrito Federal, o deputado distrital Rogério Ulyssess (PSB), divulgou nota nesta terça-feira (1º) informando que vai abrir seus sigilos fiscais, bancário e telefônico a fim de colaborar com as investigações da Operação Caixa de Pandora, do Distrito Federal.
Na nota, o deputado classificou a citação de seu nome no processo como equivocada, descontextualizada e covarde. Ulysses também disse que abriu mão da presidência da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Legislativa do Distrito Federal e que um Conselho de Ética foi montado em seu partido para que ele possa esclarecer as denúncias.
O PSB, que fazia parte da base aliada do governador José Roberto Arruda, deixou o governo após o escândalo e ainda ameaça expulsar Ulysses.
No começo da tarde, um grupo de estudantes com panetones, lavou a calçada em frente à Câmara pedindo punição aos envolvidos na Operação Caixa Pandora. A compra de cestas de natais para comunidades carentes foi uma das justificativas de Arruda para o dinheiro recebido.
Mais de 30 vídeos gravados pelo ex-secretário do DF Durval Barbosa Rodrigues mostram o governador, empresários e deputados distritais recebendo propina.
A operação Caixa de Pandora investiga o complexo esquema de corrupção que envolveria, além de deputados distritais e empresários, o governador José Roberto Arruda (DEM), o vice-governador, Paulo Octávio (DEM), e assessores do GDF. Gravações mostram Arruda e outros deputados distritais recebendo maços de dinheiro de empresários. Há imagem de um dos aliados guardando o dinheiro nos bolsos e na meia.