Apesar de São Paulo ter parado nesta terça-feira com os alagamentos, que interromperam trechos das marginais Tietê e Pinheiros, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) negou falhas em investimento e afirmou que os problemas foram causados pelo grande volume de chuva.

Segundo ele, os investimentos da prefeitura em obras foram satisfatórios, e os alagamentos não são consequência de limpeza incorreta de piscinões ou bueiros. "Foi um volume muito grande de água. O que há de positivo nessa chuva é que, mesmo com essa intensidade de água, o Aricanduva e o Pirajussara não transbordaram. Desta vez, as obras suportaram bem a intensidade da chuva", afirmou.

De acordo com registros do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergência), da prefeitura, a cidade registrou em 12 horas uma média de 64,4 milímetros de chuva (cada milímetro equivale a um litro de água por metro quadrado). O volume corresponde a um terço do volume total esperado para o mês de dezembro.

Escoamento

Kassab afirmou que a secretária estadual de Saneamento e Energia, Dilma Pena, avalia o que é necessário fazer para que o escoamento das águas seja mais rápido e, com isso, o nível do rio Tietê não suba tanto.

Segundo ele, a chuva deve permanecer hoje, mas nas próximas horas deve ocorrer uma reversão no nível da água com a entrada em operação de bombas adicionais na usina de Traição, no rio Pinheiros, o que reduzirá, consequentemente, o volume de água no Tietê.

Áreas de risco

Questionado se a cidade está preparada para as chuvas, Kassab voltou a afirmar que "os investimentos têm sido bastante expressivos" e que a prefeitura tem mapeadas todas as áreas de risco e de alagamento.

De acordo com ele, deve ser realizado um pregão --ainda sem data-- para permitir que os subprefeitos sobrevoem as regiões para avaliar as áreas de risco. "Cada subprefeito deve fazer a avaliação da sua região e identificar se as áreas de risco foram ampliadas ou não", afirmou.