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Terça-feira, 07 de maio de 2024

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Chefe da luta antidrogas em Honduras é morto a tiros em Tegucigalpa

Homens armados em uma moto mataram a tiros nesta terça-feira o chefe da luta antidrogas em Honduras, apenas dois meses antes da data em que ele planejava se aposentar e se mudar para o Canadá.


O crime, ocorrido em um país que tem uma das mais altas taxas de homicídios da América Latina, aconteceu num momento em que o governo interino de Honduras e o recém-eleito presidente Porfirio Lobos tentam obter um reconhecimento internacional e superar o isolamento em que se encontra o país desde a deposição do presidente Manuel Zelaya, em 28 de junho.

O ex-general do Exército Juliano Aristides Gonzalez, diretor do Escritório de Combate ao Tráfico de Drogas, estava dirigindo sozinho seu carro na capital depois de deixar a filha na escola, quando assaltantes abriram fogo e fugiram em seguida, disse o porta-voz da polícia nacional Orlin Cerrato.

O general foi "baleado por dois homens de motocicleta quando estava em seu carro na rua El Guacanaste", no nordeste de Tegucigalpa, às 7h (11h em Brasília), disse o porta-voz policial Daniel Molina.

Ninguém foi preso pelo crime, e os investigadores estão tentando determinar o motivo do ataque. No ano passado, Gonzalez disse que recebeu ameaças de morte de traficantes de drogas.

"Nós lamentamos a morte deste homem que ofereceu sua vida para o bem-estar dos hondurenhos", disse o porta-voz Cerrato. "Pela decência de suas ações, ele desencadeou uma verdadeira batalha contra o principal vício que aflige a humanidade".

Gonzalez, que deixou o exército nos anos 90, ficou cinco anos no cargo e se preparava para deixá-lo em dois meses, quando o novo presidente de Honduras tomar posse. Ele havia planejava mudar-se para o Canadá, disse Cerrato.

"O cargo [de González] era de alto risco", comentou o promotor David Urtecho. "Infelizmente não temos as ferramentas necessárias para combater o crime."

Honduras é um país chave para o contrabando de drogas, que as autoridades afirmam que provavelmente aumentou depois que os Estados Unidos suspenderam a cooperação antidrogas e ajuda ao desenvolvimento, em protesto contra a deposição de Zelaya.

A polícia disse que tem detectado mais aeronaves que transportam drogas da América do Sul através de Honduras desde a deposição, mas que não teve meios de detê-los sem a ajuda de helicópteros e tecnologia de radar americanos.

De acordo com diversas fontes, o problema da violência ligada ao narcotráfico se agravou porque a polícia e o Exército estão sendo mobilizados para reprimir distúrbios decorrentes da crise política em detrimento do combate ao crime.

Desde a deposição de Zelaya, houve ataques contra outra pessoas relacionadas ao governo, embora não haja indícios claros de crimes políticos. Um sobrinho do presidente interino foi encontrado morto em outubro com vários ferimentos de bala no corpo em uma cidade no norte do país, um dia depois do assassinato a tiros de um coronel do Exército na capital.
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