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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

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Almirante: burocracia travou investimentos em hidrovias

O atraso do Brasil em relação ao aproveitamento dos seus portos tem origem na burocracia e no descaso dos governos brasileiros para promover ações intra-governamentais. A afirmação foi do vice-presidente da Associação Nacional dos Usuários do Transporte de Cargas...

O atraso do Brasil em relação ao aproveitamento dos seus portos tem origem na burocracia e no descaso dos governos brasileiros para promover ações intra-governamentais. A afirmação foi do vice-presidente da Associação Nacional dos Usuários do Transporte de Cargas (ANUT), Almirante José RIbamar Miranda Dias, que participou do Seminário Portos e Vias Navegáveis. O encontro aconteceu na Câmara dos Deputados e reuniu empresários e agentes do governo.


Segundo ele, é preciso modernizar as instalações para o transbordo marítimo, adequar os acessos e a interconectividade dos modais. "A burocracia não permite que se faça o despacho dentro dos navios de carga. Falta informatizar todos os procedimentos", acrescentou.

Também foram citadas as limitações nos portos brasileiros para receber navios de maior envergadura, já que a maioria dos portos não possui guindastes capazes de alcançar todas as cargas transportadas nos navios.

O assessor especial da Secretaria de Portos, José Ruschel dos Santos, destacou que foram investidos pelo governo R$ 1,5 bilhão nos últimos anos na modernização de 20 portos e que há projetos incluídos no Programa de Aceleração do Crescimento. "Há um processo acelerado para retomar os investimentos e melhorar a infraestrutura portuária", argumentou.

O presidente da Frente Parlamentar de Apoio à Logística, deputado Homero Pereira (PR-MT), foi o mediador do debate. Segundo ele, o Brasil o Brasil tem procurado dar atenção ao transporte multimodal em busca de alternativas ao transporte rodoviário. "O transporte rodoviário deve ser utilizado apenas para curtas distâncias. Temos que buscar a competitividade e aproveitar melhor as nossas ferrovias e hidrovias", frisou.

Conforme dados apresentados no painel, o transporte rodoviário custa R$ 120 por tonelada transportada. O transporte por trem tem um custo de R$ 75 por tonelada (t). Já o transporte hidroviário custa, em média, R$ 70/t. "Hoje temos condições de utilizar 42 mil quilômetros de hidrovias e podemos chegar a 60 mil quilômetros se os investimentos forem feitos corretamente", lembrou o deputado Edinho Bez (PMDB-SC), um dos palestrantes do encontro.
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