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Segunda-feira, 06 de maio de 2024

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MST diz que sem-terra são retirados à força de fazenda no interior de SP; PM nega

Ao menos cem famílias ligadas ao MST foram retiradas ontem de uma fazenda em Americana (128 km de São Paulo) oito horas depois de invadirem o local. O movimento acusou a Polícia Militar de agir com brutalidade e sem ordem judicial. A PM nega e afirma que atuou para garantir a segurança dos funcionários da fazenda.


Segundo o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), pelo menos seis pessoas ficaram feridas, mas sem gravidade. A PM usou bombas de efeito moral e disparou balas de borracha durante a retirada.

A área é usada pela Usina Ester desde a década de 1980. Foi a quinta vez em que local foi invadido. O MST alega que a fazenda é do Estado de São Paulo e foi grilada pela usina.

O coordenador estadual do MST José de Arimateia afirmou que uma criança passou mal após respirar gás emitido pelas bombas atiradas.

Arimateia disse que as famílias chegaram a invadir a mesma área no sábado passado e também foram retiradas horas depois, também sem ordem judicial. Ele disse ainda que as famílias pretendem voltar à fazenda, pois estão acampadas provisoriamente em uma assentamento próximo ao local.

O comandante da PM na região, major Paulo César da Silva, disse que "não houve reintegração de posse". "Houve a garantia da preservação da integridade física dos funcionários da usina para que pudessem refazer uma cerca derrubada pelo MST", afirmou o comandante.

Segundo ele, integrantes do MST arremessaram objetos contra o pelotão, que então se defendeu utilizando "munição química, bem como alguns disparos de elastômero [balas de borracha]". Segundo ele, dois PMs e dois manifestantes ficaram feridos levemente.

O advogado do MST Bruno de Oliveira Pregnolatto e outras seis testemunhas registraram ontem à tarde, no 4º DP de Americana, um boletim de ocorrência no qual apontam agressões ocorridas durante a ação da PM e "abuso de poder", por falta de autorização judicial na reintegração de posse.

A área é usada pela Usina Ester desde a década de 1980. Foi a quinta vez em que o local é invadido. O MST alega que a fazenda é do Estado de São Paulo e foi grilada pela usina.

A usina foi procurada ontem em sua sede, em Cosmópolis (SP), mas uma secretária informou, por telefone, que ninguém poderia comentar o assunto. Já o Itesp (Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo) informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a disputa pela propriedade da fazenda está em trâmite na Justiça.
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