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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

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Azeredo analisa desempenho da diplomacia brasileira em 2009 e critica política externa do governo Lula

Em pronunciamento nesta quarta-feira (16), o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) fez uma análise da atuação da diplomacia brasileira em 2009. Na opinião do senador, os responsáveis pelas relações internacionais do Brasil cometeram diversos erros durante o ano, em especial no caso de Honduras.


- O governo brasileiro insistiu em apoiar o ex-presidente Manoel Zelaya, hospedado desde setembro na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa, mesmo depois da derrota dos seus partidários em eleições livres, limpas e fiscalizadas internacionalmente, inclusive por alguns dos nossos colegas parlamentares - afirmou.

Entretanto, Azeredo disse que não concorda com a forma com a qual Zelaya foi removido do poder e expulso de seu país. Mas, ponderou o senador, havia um atenuante: Zelaya atentou contra a constituição de Honduras ao tentar organizar um referendo para tentar ser reeleito e, por isso, o Legislativo e o Judiciário hondurenhos determinaram sua destituição. Abrigar o presidente deposto na embaixada brasileira foi um dos grandes equívocos da diplomacia brasileira em 2009, acrescentou o senador.

- Foi o primeiro de uma série de equívocos que ocorreram este ano. O Itamaraty agravou o problema, ao permitir a transformação da representação diplomática brasileira em palanque. Os zelayistas ocuparam o prédio. Foi necessária a intervenção do encarregado de negócios, para que recolhessem armas irregularmente levadas para o prédio. Esses incidentes levaram a comunidade internacional a retirar seu apoio ao líder deposto - disse.

De acordo com Azeredo, o governo brasileiro também falhou em outras questões internacionais neste ano, como na participação na Rodada de Doha; o apoio ao candidato egípcio para a diretoria geral da Unesco e apoio aos resultados da eleição presidencial no Irã e às ambições nucleares do presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad.

Além disso, continuou o senador, o Mercosul "ameaça naufragar diante de atitudes protecionistas e velhas pendengas políticas entre seus parceiros" e a entrada da Venezuela pode abalar a estabilidade do bloco.
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