O empresário Júlio Uemura presta depoimento neste momento ao juiz da 15º Vara Criminal, José Arimatéia Neves. Ele é acusado por formação de quadrilha, estelionato, tráfico de influência e extorsão. A data do interrogatório já havia sido alterada duas vezes. Outras testemunhas arroladas no processo também devem ser ouvidas pelo magistrado no Fórum da Capital.

Ao todo, 30 pessoas foram denunciadas no esquema desarticulado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na operação "Gafanhoto", em março deste ano.

Operação Gafanhoto

O Gaeco deflagrou a Operação Gafanhoto no dia 5 de março e prendeu oito pessoas acusadas de participar um esquema de golpe financeiro em Mato Grosso, através de "empresas laranjas" em outros estados. O empresário Julio Uemura, acusado de liderar a quadrilha, é um grande empresário do ramo hortifrutigranjeiro e contava com apoio de policiais civis e político para se beneficiar. Rabello foi denunciado por usar do cargo de deputado para fazer tráfico de influência em benefício de Uemura, amigo de longa data.

De acordo com as investigações, os acusados usam as empresas laranja em outros estados para comprar produtos sem pagar e ainda ameaçavam os cobradores. Os policiais eram responsáveis por usar da força para inibir cobradores e ainda fazer ameaças e extorsão. Uemura impedia que outros empresários do ramo viessem para o Estado, criando um monopólio hortifrutigranjeiro em Mato Grosso.

O Gaeco acusou o policial Francisco Lourenço, o “Chicão”, de comandar o esquema de cobrança, pressão e coerção.