Olhar Direto

Domingo, 05 de maio de 2024

Notícias | Turismo

1 em cada 5 assaltados em Copacabana é turista

O corretor de seguros Fernando da Silva Fernandes, morador de Ouro Verde de Goiás (GO), mergulhou por pouco mais de dois minutos no mar de Copacabana, zona sul do Rio. Ao sair, encontrou só areia onde havia deixado sua bermuda, celular e carteira com R$ 250.


Horas depois, viu o ladrão que levou seus pertences andando pela praia vestindo a mesma bermuda perdida. Fernandes chamou a Polícia Militar, que prendeu o suspeito.
O relato, que consta num registro de ocorrência da 13ª DP (Copacabana), resume dois aspectos apontados por policiais como as causas dos mais de seis roubos e furtos diários que turistas sofrem no Rio, de acordo com dados do ISP (Instituto de Segurança Pública do Rio). Relaxados, os turistas dão brechas para a ação de bandidos. Até setembro, 1.695 deles foram roubados ou furtados.

Bairros nobres como Copacabana, Ipanema e Leblon concentram 67% dos casos registrados até setembro deste ano.

Na 12ª DP, que cobre o trecho inicial de Copacabana e Leme, os roubos a turistas representaram, em todo ano passado, 20% do total registrado na delegacia.

O Rio recebeu este ano 4,5 milhões de turistas brasileiros e 1,5 milhão de estrangeiros.

Os locais onde mais ocorrem roubos e furtos são a orla de Copacabana, seguida de Ipanema e Leblon. A Secretaria de Segurança afirma que essas praias, mais Barra da Tijuca e Recreio dos Bandeirantes (zona oeste), são vigiadas por 32 câmeras.

Segundo o delegado Fernando Sousa, da Delegacia Especial de Apoio ao Turista, voltado para estrangeiros, a vítima mais comum é o jovem que busca caminhar e tentar se aproximar do estilo de vida do carioca.

"A vítima principal anda à noite, mais sozinha, procura fazer grandes distâncias a pé. Vai à areia da praia à noite e anda muito. Dependendo do turista, ele é facilmente identificável."

Alguns albergues, que recebem turistas jovens, orientam hóspedes a não expor objetos como máquinas e relógios para não chamar a atenção.

Mas não é só em locais isolados ou escuros que turistas sofrem. O estudante de administração francês Fabien Denoyes, 21, conta ter sido abordado, quando estava com um amigo brasileiro, por três assaltantes em Ipanema (zona sul). "Fugimos e nada aconteceu, mas isso deixa um sentimento de insegurança permanente."

Embora tenha sido orientada a não andar com brincos e joias, a americana Annie Weinberger, 32, relativiza. "É assim também com qualquer turistas em San Francisco, onde moro."
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 
xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet