A missão internacional liderada pela Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) no Afeganistão confirmou nesta sexta-feira que o homem que aparece em um vídeo entregue pelo grupo islâmico radical taleban é o soldado americano Bowe Robert Bergdahl, capturado há seis meses.
O almirante da Marinha americana Gregory Smith condenou o vídeo em um comunicado, dizendo que Bergdahl foi claramente obrigado a ler um texto preparado pelos militantes.
As imagens mostram o soldado Bergdahl de pé, vestido com o uniforme, com capacete e óculos escuros. A data da gravação não foi divulgada.
"Eu receio ter que dizer a vocês que esta guerra escapou de nossas mãos e que vai ser nosso próximo Vietnã, a não ser que o povo americano se levante para interromper este absurdo", afirma o jovem.
Smith disse ainda que a divulgação deste vídeo no dia de Natal é uma afronta à família de Bergdahl e vai contra os ensinamentos do islã.
Bergdahl, 23, parece saudável e diz que não sofreu agressões dos talebans.
Ele desapareceu em 30 de junho na região sudeste do Afeganistão, mas o Exército americano só anunciou seu sequestro em 2 de julho. Ele foi o único soldado americano raptado no Afeganistão desde a invasão do país em 2001, liderada pelos Estados Unidos para derrubar o regime taleban.
Poucos dias depois do sequestro, o Taleban divulgou um vídeo que mostrava o soldado no cativeiro, com a cabeça raspada, comendo uma refeição e sentado de pernas cruzadas no que parecia ser um beliche. No vídeo, ele disse que temia nunca mais ver seus entes queridos novamente.
Também em julho, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, denunciou o sequestro e afirmou que Washington fazia todo o possível para localizar e libertar o soldado.