A Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE), da Polícia Judiciária Civil, apreendeu na região metropolitana 716 quilos de droga, somente em 2009. Em todo o Estado foram 1.540 quilos de drogas incineradas. Inaugurada em 18 de dezembro de 2008 a DRE, já realizou grandes apreensões de drogas, desarticulou quadrilhas e levou para prisão traficantes com forte esquema de tráfico de drogas.
 
Em doze meses, 22 operações foram iniciadas, sendo 9 ainda em processo de investigação. Também foram enviados à Justiça 386 inquéritos relatados, de um total de 444 instaurados. Estruturada em quatro núcleos - inteligência, análise, operação e prevenção -, a Delegacia foi reaberta com a missão de reprimir a atividade ilícita do tráfico de drogas e do uso de substâncias entorpecentes por meio de projetos voltados à prevenção de crianças, adolescentes e jovens.

De acordo com o diretor geral da Polícia Judiciária Civil, José Lindomar Costa, o combate às drogas é uma das políticas da Segurança Pública, devido à localização geográfica do Estado de Mato Grosso e a proximidade com a Bolívia, que o torna rota do tráfico de entorpecentes (pasta-base e cocaína), tanto para o consumo interno, quanto para o envio a outros Estados brasileiros.

Conforme o diretor, o retorno da Delegacia de Entorpecentes foi idealizado para atacar exatamente este dois pontos: o tráfico doméstico e os grandes fornecedores de drogas. “A droga que é utilizada aqui, de forma doméstica, como também aquela que sai”, explicou Costa. “Para a delegacia funcionar precisávamos centralizar as informações no combate aos grandes traficantes, que são aqueles que alimentam os pequenos e atuar também no preventivo”, complementou.

Com planejamento, uso de tecnologias de inteligência e comprometimento com a atividade operacional, a DRE tem alcançado bons resultados na repressão ao tráfico de drogas, já que este tipo de crime demanda investigações demoradas, minuciosas e que costumam alongar por meses e até anos.

Um dos pontos altos da Delegacia aconteceu em junho de 2009, com a apreensão de 383 quilos de cocaína pura, em uma fazenda da região de Barão de Melgaço. As investigações iniciaram mais de um ano antes, pela Gerência de Inteligência Policial (GIP) e nos preparativos da reabertura da DRE. Depois o inquérito policial foi repassado à Polícia Federal que deflagrou a operação “Maranello”, culminando na prisão da quadrilha.

O delegado titular da DRE, Marcelo Felisbino Martins, disse que desde sua reativação, a delegacia passou por um processo de estruturação, que exigiu esforços criativos de todos os servidores. Conforme ele, para melhor definir áreas de atuação, a unidade criou quatro núcleos: inteligência, análise, operação e prevenção. Além dos núcleos, a delegacia possui quatro cartórios, onde são dados os andamentos das investigações e dos procedimentos; um cartório central, que cuida da tramitação de documentos gerais e da parte administrativa da delegacia e o plantão.

Os núcleos de inteligência e de análises são responsáveis pelo monitoramento dos integrantes da organização e pela criação de vínculos entre eles. Este dois setores têm papel fundamental porque dão suporte as atividades operacionais. Com esse tipo de investigação, a DRE prendeu 69 traficantes.

“O núcleo de inteligência logo que foi criado buscou meios para melhor trabalhar com as informações, criando banco de dados específico para as denúncias recebidas pelo CIOSP de forma a apresentar visualizações por local, data e incidência possibilitando assim ao núcleo operacional atuar em zonas quentes da Capital”, detalhou o delegado Marcelo Felisbino Martins.

OPERACIONAL

O núcleo operacional vem atuando no aporte de todas as ações da DRE, quando das deflagrações de operações repressivas e nas ações de caráter preventivo. Várias operações realizadas este ano tiveram início com informações obtidas pelos investigadores operacionais, com destaque para as operações “Madry” e “Oriente”. O operacional deu suporte a grandes ações como a “Maranello” e a “Big Bang 2”. Esta última, deflagrada pela Polícia Civil do Estado da Bahia, teve grande parte da operação realizada em Mato Grosso com o apoio da DRE e da Gerência de Inteligência Policial.

A Delegacia também auxiliou investigações conduzidas por outras delegacias do interior, como operação “Entre Rios”, de Barra do Garças, com 25 mandados de prisão cumpridos, de um total de 28 expedido pela Justiça.

Para ajudar no operacional, a Delegacia inaugurou este ano o canil da Polícia Judiciária Civil, com capacidade para abrigar dez cães. Cinco cães estão em treinamento, sendo dois animais já preparados para atuar em operações de busca e apreensão de drogas, fiscalização em rodovias, vistoria de veículos e proteção e segurança dos policiais.

PREVENTIVO

No campo do preventivo, a Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE), da Polícia Judiciária Civil, gerencia o projeto “De Cara Limpa Contras as Drogas”, de prevenção ao uso de entorpecentes. O programa, voltado aos jovens e adolescentes, foi implantado, em junho desde ano, em 24 escolas da Região Norte de Cuiabá, com um público de 19 mil estudantes. Foram desenvolvidas várias atividades, dentre elas, palestras, oficinas culturais, teatro, dança, concursos de frases, cartazes, paródias, corrida de rua, entre outras.

Um pesquisa quantitativa, realizada com alunos e professores que participaram do projeto, avaliou em mais de 50,48% como positivas ou excelentes as ações do “De Cara Limpa Contra as Drogas”.

“De todo o progresso alcançado em 2009 acreditamos que o material humano se destacou, pois os servidores da DRE se integraram e apesar de estarem divididos em núcleos, setores e até em plantões distintos, sempre que foi preciso atuar como um corpo só a Delegacia atuou, motivo pelo qual visualizamos mais resultados positivos que negativos por parte da equipe”, finalizou delegado.

(Com informações da assessoria)