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Segunda-feira, 20 de maio de 2024

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Nigeriano embarcou sem passaporte rumo aos EUA, dizem passageiros

O nigeriano Umar Farouk Abdulmutallab, 23, embarcou no voo 253 da Northwest Airlines sem mostrar o passaporte, fazendo-se passar por um refugiado sudanês, afirma um casal americano que voava na mesma aeronave. Abdulmutallab foi indiciado neste fim de semana por tentar detonar um explosivo químico no aviçao, que foi de Laos, na Nigéria, para Detroit, nos EUA, com escala em Amsterdã. O incidente deixou duas pessoas levemente feridas.


Kurt e Lori Haskell, advogados do Michigan, afirmam em entrevista ao jornal nova-iorquino "Daily News" que viram quando um homem que parecia indiano, de cerca de 50 anos, tentava convencer um funcionário no aeroporto de Amsterdã a deixar o suspeito a entrar no voo 253, apesar de não ter passaporte.

O casal, que jogava cartas perto da porta de embarque da companhia aérea Northwest em Amsterdã, diz ter visto Abdulmutallab acompanhado o tempo todo de outro homem, que foi quem falou com os responsáveis da companhia aérea e pediu a autorização para o jovem viajar sem passaporte.

"Acredito que estava tratando de fazer com que o menino parecesse um refugiado sudanês, para que tivessem pena dele", afirma Lori Haskell ao jornal, e detalha que o jovem "estava vestido como um pobre" e se manteve o tempo todo calado.

O homem indiano "vestia roupas mais elegantes, como as que poderia usar um defensor em um tribunal", detalhou a advogada, que voltava com o marido de um safári em Uganda.

Além disso, ela explica que o funcionário responsável pela porta de embarque disse ao homem de aspecto indiano que precisavam falar com um supervisor, mas nesse momento este insistiu dizendo que o jovem "era do Sudão e não tinha passaporte" e disse que faziam isso constantemente.

"O jovem não abriu a boca em nenhum momento", segundo Kurt, e não voltou a perceber sua presença até dez minutos antes da aterrissagem em Detroit, quando o nigeriano tentou explodir a aeronave.

Ali contou que além de prender Abdulmutallab, as autoridades detiveram e algemaram outro homem de traços indianos que não era o mesmo acompanhante do suspeito em Amsterdã.

A versão não foi confirmada pelos investigadores, que revelaram anteriormente que Abdulmutallab embarcou com visto dos EUA válido.

Interrogado pelo FBI (polícia federal americana), Abdulmutallab teria confessado seus vínculos informais com a rede terrorista Al Qaeda, embora a impressão inicial dos investigadores é de que ele agiu sozinho.

As autoridades, contudo, ainda têm que checar estas alegações e devem fazer muitos outros interrogatórios antes de determinar se as revelações do nigeriano são críveis.

Ataque

Abdulmutallab tentou detonar um pequeno explosivo no voo da Northwest Airlines que seguia da Nigéria para os EUA, com escala em Amsterdã.

Segundo relata o jornal "Washington Post", que cita autoridades federais, ele teria colado um material na sua perna e então utilizado uma seringa para misturar produtos químicos com um pó, já a bordo do avião.

Assim que os passageiros sentiram o cheiro da fumaça e o barulho semelhante a fogos de artifício, um deles passageiro rapidamente se jogou em cima do nigeriano, o dominou e isolou. O avião conseguiu aterrissar de maneira segura, aproximadamente às 13h desta sexta-feira (horário local).

Sob custódia, Abdulmutallab está sendo tratado para queimaduras de segundo e terceiro grau em suas coxas, segundo autoridades americanas. A Casa Branca considerou o ato uma tentativa de ataque terrorista.

Abdulmutallab estudava engenharia na University College London até 2008. Depois disso, segundo a família, seu paradeiro é desconhecido.

Ele disse as autoridades que tem laços com a Al Qaeda e que viajou ao Iêmen para pegar o equipamento incendiário e instruções de como utilizá-lo.
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