A construção da nova sede da Procuradoria Geral do Estado (PGE) e a questão da divisa de Mato Grosso com o Pará foram os assuntos comentados pelo procurador-geral do Estado, Dorgival Veras de Carvalho, que recebeu a equipe de reportagem da Secretaria de Comunicação do Estado (Secom) para uma entrevista. Carvalho disse que "há previsão é que a nova sede da PGE seja inaugurada em 18 meses".
Segundo ele, a nova sede da PGE é continuidade da administração do ex-procurador-geral do Estado, José Virgílio do Nascimento Sobrinho. “O projeto é uma continuação da administração anterior e é também uma realização do governador Blairo Maggi em que autorizou a construção da sede”, afirmou.
A maquete e a licitação da nova sede já estão prontas. “Em janeiro, a obra irá começar na avenida André Maggi, ao lado da Secretaria de Estado de Administração (SAD). Está orçado aproximadamente 18 milhões de reais para a construção”, destacou. Um outro assunto abordado pelo procurador foi o limite da divisa de Mato Grosso com o Pará que já se arrasta há mais de 100 anos. Carvalho apontou a atual situação do processo. “O processo está no gabinete do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, na qual ele irá designar quem vai ser o perito”, disse.
Para ele, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) errou na demarcação dos dois Estados. “O Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon discordou do mapa original dizendo que o limite de Mato Grosso com o sul do Pará não é aquele que está delimitado no mapa do IBGE estando um pouco mais acima, sendo que foi trocado o Salto de Sete Quedas por Cachoeira das Sete Quedas. Com isso, Mato Grosso perdeu uma área de dois milhões de hectares”, esclareceu.
De acordo o procurador, só existe um perito no Brasil para dizer o real limite da divisa. “Quem poderá dizer a verdade sobre a divisão dos Estados é a Diretoria do Serviço Geográfico do Exército em Brasília que tem a parte de engenharia”. Ele acredita que “a partir do momento que fizerem o laudo pericial já estará pronto para ser julgado”, enfatizou.
